Fernando Diniz é demitido do cargo de técnico da seleção brasileira

Fernando Diniz não é mais técnico da seleção brasileira. A decisão foi tomada nesta sexta-feira por Ednaldo Rodrigues, que reassumiu o comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A passagem de Diniz pela seleção brasileira foi bastante curta. Interino e dividido entre CBF e Fluminense, o treinador teve de conviver com a sombra do italiano Carlo Ancelotti, que era dado como certo pela cúpula da entidade, mas preferiu continuar no Real Madrid e renovar seu vínculo.

O contrato de Diniz com a CBF tinha validade até julho de 2024 e previa ainda o comando da equipe em amistosos com Espanha e Inglaterra, em março, e outros dois jogos em junho, antes da Copa América. Diniz dirigiu a seleção em seis partidas, todos pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo dos EUA, México e Canadá, que será disputada em 2026. Nesse período, o Brasil obteve duas vitórias (Bolívia e Peru), um empate (Venezuela) e três derrotas (Uruguai, Argentina e Colômbia) e está na modesta sexta colocação.

Ednaldo se apressou em dispensar Diniz porque não havia o interesse do dirigente em efetivá-lo no cargo, principalmente porque o Brasileirão não será paralisado durante a disputa da Copa América. Assim, esse cenário de dupla função do técnico seria problemático para o treinador, seleção e Fluminense. Também pesaram contra o treinador os resultados ruins à frente da equipe nacional, apenas a sexta colocada das Eliminatórias.

O principal alvo de Ednaldo Rodrigues para o cargo de técnico da CBF é Dorival Junior, que está no São Paulo. Ele assumiria definitivamente o posto, mirando o Mundial de 2026. Contatos já foram iniciados entre as partes, mas não houve oficialização de proposta.

O Estadão apurou que ainda não houve, porém, convite a Dorival. O treinador e o São Paulo não receberam proposta, nem há conversas por enquanto. Seu estafe evita comentar “especulações”. Por ora, trata-se de um desejo de Ednaldo, que também precisa definir quem será o coordenador de seleções. O cargo está vago desde a saída de Juninho Paulista.

Um outro ex-jogador, Filipe Luís, recém-aposentado, é um dos preferidos do dirigente.