A família de Juliana de Oliveira Salomão, de 41 anos, assassinada a facadas na frente dos filhos, em Seine-et-Marne, na França, na semana passada, criou uma vaquinha virtual para custear o traslado do corpo da mulher para o Brasil. Juliana é natural de Nova Venécia, Noroeste do Espírito Santo, e foi assassinada pelo próprio marido, que se matou em seguida.
O valor arrecadado também será usado para custear as despesas das passagens dos dois filhos da vítima e com os custos hospitalares deles, pois, ao testemunharem o crime, ambos estão em tratamento psicológico e psiquiátrico.
“Na França, ao contrário do Brasil, não há um sistema público de saúde como o SUS, e, por isso, todo o atendimento médico precisa ser custeado pela família”, diz a nota divulgada pelos parentes de Juliana.
Para ajudar, basta acessar o link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/despedida-da-ju-translado-internacional
Sobre o caso
De acordo com a imprensa francesa, o crime aconteceu durante a manhã do dia 24 de outubro. Um dos filhos de Juliana, um adolescente de 17 anos, teria chamado a polícia mesmo após se ferir tentando salvar a mãe. O outro filho do casal, de 14 anos, também estava na casa mas não se machucou.
O marido de Juliana, de 44 anos, já havia sido preso por violência doméstica três meses antes e tinha uma medida restritiva por conta das agressões. Ele tentou se enforcar após o crime, chegou a ser encaminhado para o um Hospital da região em estado grave, mas não resistiu e morreu na manhã de sexta-feira (25).
“Às 5h35, os serviços policiais da delegacia de Torcy (uma cidade) constataram a morte, em sua casa, de uma mulher de nacionalidade brasileira nascida em 1983. A morte foi claramente o resultado de múltiplas facadas”, disse o promotor Jean-Baptiste Bladier em comunicado direcionado à imprensa.
Vítima tinha medida protetiva contra o marido
Em um vídeo enviado para o Sim Notícias e Record News Espírito Santo, a irmã da vítima, Danielle de Oliveira Pigatti, que mora em Nova Venécia, conta que o casal tinha uma relação de 25 anos, sendo 22 de casamento e três de namoro. Eles se mudaram para a França há cerca de seis anos, para tentar melhores condições de vida melhor fora do país, porém nos últimos meses Juliana relatou que estava sofrendo violência doméstica.
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