Fábrica de papel higiênico da Grande Vitória é alvo de investigações por suspeita de fraude

A Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em conjunto com o Procon-ES e o Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Espírito Santo (Ipem-ES), realizou uma operação para combater fraude na venda de papel toalha e papel higiênico comercializado em todo o Espírito Santo.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Viana e Cariacica, e fiscalizadas duas lojas em Vila Velha que revendiam o produto irregular ao consumidor final. Durante as investigações foi constatado que a fábrica da empresa fiscalizada, localizada em Cariacica, comercializava produtos com irregularidades na rotulagem e nas medidas, fornecendo a mercadoria com quantidades inferiores ao informado.

Nas empresas os agentes também flagraram irregularidades trabalhistas, como falta de EPIs e ambiente insalubre. As denúncias serão enviadas aos órgãos competentes para investigação.

De acordo com as apurações, mais de 35 lojas, além de órgãos públicos federais, estaduais e municipais, hospitais e mais de 15 prefeituras compraram os produtos irregulares da fábrica de Cariacica.

Segundo a polícia, a ordem do proprietário da empresa era de que para alguns clientes específicos, deveriam ser entregues quantidades menores das que foram contratada. A constatação foi verificada no local pelo Ipem. “Em alguns casos, somente era entregue a metade daquilo que era proposto na embalagem. Ou seja, uma embalagem de 300 metros, tinha só 150 metros do produto. Então ficou claro e evidente que é uma ação criminosa, que lesava consumidores”, explicou o titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, delegado Eduardo Passamani.

O proprietário da empresa não foi encontrado no local, mas se apresentou depois na delegacia e disse que houve um “erro de produção” e se comprometeu a ressarcir os consumidores lesados. Ele agora é investigado por crime contra relação de consumo, estelionato e fraude a licitação.