Ex-presidente Jair Bolsonaro é preso preventivamente pela PF

Bolsonaro foi preso na casa onde cumpria prisão domiciliar, no Jardim Botânico, bairro de alto padrão no Distrito Federal

Por Redação
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

* Com informações do SBT NEWS

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso neste sábado (22) pela Polícia Federal. A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Bolsonaro foi preso na casa onde cumpria prisão domiciliar, no Jardim Botânico, bairro de alto padrão no Distrito Federal. Ele foi levado pelos agentes à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

A prisão é preventiva, ou seja, ainda não representa o início do cumprimento da pena do ex-presidente, condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão por crimes como tentativa de golpe de estado.

VIOLAÇÃO DE TORNOZELEIRA

Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a Corte máxima do STF foi informada sobre uma ocorrência de violação da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro às 0h08 deste sábado, 22. O fato fundamentou o pedido de prisão preventiva do ex-presidente.

Moraes aponta que a informação “constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão” causada pela vigília convocada pelo filho 02 do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Segundo Moraes, apesar de a convocação de apoiadores estar “disfarçada de vigília”, a conduta “indica a repetição do modus operandi da organização criminosa no sentido da utilização de manifestações populares criminosas, com o objetivo de conseguir vantagens pessoais”.

“A eventual realização da suposta “vigília” configura altíssimo risco para a efetividade da prisão domiciliar decretada e põe em risco a ordem pública e a efetividade da lei penal”, anotou o ministro.

>>> Leia também: Moraes diz que vigília pretendia reviver acampamentos do 8/1

Jair Bolsonaro foi condenado pro STF em 11 de setembro, pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Ele cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto e usava tornozeleira eletrônica, mas por outro caso: o inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, é investigado por sua atuação junto ao governo dos Estados Unidos para promover sanções a autoridades brasileiras.

Saiba mais:

Decisão cita eventual tentativa de fuga de Bolsonaro

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