Estelionatários se passam por fiscais da Vigilância Sanitária para aplicar golpes em Colatina

Por Mariana Cicilioti

Ao menos 13 pessoas foram vítimas de falsos fiscais da Vigilância Sanitária em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, no últimos dias. Segundo as denúncias, estelionatários estão se passando por fiscais para invadir a conta do Whatsapp das pessoas e roubar dados.

Uma das vítimas foi a cirurgiã-dentista Izabelly Bonato, que recebeu uma mensagem de uma pessoa dizendo que precisava agendar uma visita da Vigilância Sanitária em seu consultório. Para enganar a vítima, o golpista diz que agora os agendamentos são feitos de forma on-line.

“Eles disseram para minha secretária que chegaria um código no meu telefone e que eu precisaria passar esse código para fazer o agendamento. Como eu estava focada em um curso em Vitória, eu recebi esse código copiei, colei e enviei para ela [secretária]”.

Após enviar o número, o celular da dentista foi hackeado e, imediatamente ela perdeu o acesso ao Whatsapp.

“Na hora que aconteceu eu já comecei a tentar a recuperar, mas eu não consegui porque eles já estavam com o acesso. Meu medo maior era eles tentaram entrar nas minhas redes sociais e nas contas bancárias. Mas graças a Deus isso não aconteceu. Aí a gente recebeu uma dica de tentar recuperar pelo SMS e conseguimos”, conta Izabelly.

A dentista disse que nem ela nem a secretária suspeitaram que se tratava de um golpe pois tudo foi muito orquestrado.

“Eles usaram um número real, a foto como se fosse de um órgão público e a forma deles falarem também era muito verdadeira. E também eles sabiam todas as nossas informações. Então, não tinha como a gente desconfiar”, explicou a dentista.

Após sofrer o golpe, a dentista acionou a Vigilância Sanitária de Colatina e avisou o ocorrido. O órgão explicou que já havia recebido outras denúncias semelhantes e pediu ajuda para divulgar que tudo não se passa de um esquema criminoso. A vigilância também reforça que não envia links ou boletos por Whatsapp ou email.

“Esses profissionais que foram lesados precisam reportar a Vigilância Sanitária para que a gente tenha conhecimento dessa situação e tomar as medidas cabíveis”, afirma Venício Padilha, coordenador da Vigilância Sanitária de Colatina.

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