Subiu para três o número de mortes sob investigação por Febre do Oropouche no Espírito Santo. A informação consta no último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa) na última quinta-feira (28).
No total, já foram confirmados neste ano no Estado 1.725 casos da doença, que é transmitida pelo mosquito maruim.
A cidade com mais casos confirmados da doença é Alfredo Chaves, com 609 registros, seguida por Iconha (287) e Laranja da Terra (154). A lista completa com os pacientes infectados por cidade pode ser vista aqui.
Sintomas e prevenção
Os sintomas da Febre do Oropouche são muito parecidos com os da dengue. Duram entre dois e sete dias e incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na lombar e dor articular. Também pode haver tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.
Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
A principal medida preventiva é evitar a exposição ao inseto. No entanto, o pesquisador da Ufes alerta que repelentes e inseticidas convencionais não são tão eficazes contra o maruim. Outra dificuldade é que esse mosquito pode atravessar telas convencionais por ser muito pequeno. Diante disso, é recomendada a utilização de malhas ultrafinas ou até mesmo o fechamento completo de portas e janelas. Outra alternativa é eliminar os criadouros da espécie, que incluem água parada rica em matéria orgânica.
Estado em alerta por conta das arboviroses
O Espírito Santo vem registrando um aumento significativo de casos de arboviroses (doenças virais que são transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos) ao longo das últimas semanas e tem concentrado a maior parte das ocorrências no país. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (2) pelo Ministério da Saúde. Em nota, a pastou avaliou que o cenário gera “preocupações” diante da rápida disseminação das doenças.
Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses mostram que, em 2024, o Espírito Santo contabilizou 152,8 mil casos prováveis de dengue, além de 40 mortes confirmadas e sete em investigação. O coeficiente de incidência no estado é de quase 4 mil casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes.
Já entre os 363,5 mil casos prováveis de chikungunya, o estado concentra 13.309. Por fim, dos 6,4 mil casos prováveis de zika, 516 infecções foram identificadas no estado.
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