Empresas de consórcio do ES são interditadas e 4 pessoas são presas por suspeita de estelionato

Duas empresas de consórcio, uma em Vila Velha e outra em Vitória foram interditadas, nesta segunda-feira (24), e quatro pessoas foram presas em flagrante por suspeita de induzir consumidores ao erro, tentativa de estelionato e organização criminosa.

As interdições e prisões aconteceram durante uma operação conjunta da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), Procon Estadual e com a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa.

Durante a ação, outras 41 pessoas foram autuadas em flagrante por propaganda enganosa e vão responder em liberdade.

A operação começou após o Procon da Assembleia Legislativa receber denúncias de pessoas que foram comprar bens como carros e imóveis e descobriram que estavam assinando contratos de consórcios.

De acordo com as investigações, as empresas se apresentavam como empresas de investimentos, com estruturas grandes para passar certa credibilidade aos clientes, mas na verdade, eram empresas de consórcios.

Para atrair clientes, os suspeitos faziam anúncios falsos de vendas de carros, motos ou imóveis cobrando um valor de entrada e o restante parcelado em boletos. No momento em que o cliente chegava na empresa, ele acabava assinando o contrato – na maioria das vezes sem saber – que se tratava de um consórcio.

“Essas empresas anunciavam esse bens que elas não tinham propriedade, ou seja, elas não poderiam estar vendendo um bem que não é delas”, afirma o delegado Eduardo Passamani. “Elas se credenciam para vender o consórcio, começam a criar anúncios com informações inverídicas, parar induzir o consumidor ao erro e levá-lo até a empresa. Lá, elas usam da lábia, para fazer a pessoa assinar o consórcio como se ela tivesse a garantia que a pessoa iria receber aquele bem, mas na verdade elas não podem, porque consórcio não é garantido que você vai receber”, explica o delegado.

Segundo as investigações, o objetivo dos criminosos era criar propostas atrativas e enganar pessoas menos instruídas, que acabam não conhecendo muito bem como realizar esse tipo de compra.

De acordo com o Procon, as empresas têm 20 dias para provar que são inocentes. Em caso contrário, será feita aplicação de multas e até o possível fechamento do estabelecimento.

As quatro pessoas detidas foram levadas para o Centro de Triagem de Viana e, se condenadas, podem pegar pena de até 13 anos.