Empresário volta a barrar acesso à “Ilha da Xuxa”, diz MPF

Segundo o MPF, o órgão recebeu relatos de que o empresário colocou placas proibindo o acesso à “Ilha da Xuxa”

Por Redação
Foto: Divulgação (Capixaba da Gema)

*Com informações do portal ES360

O empresário João Carlos Rodrigues Neto, administrador legal da Ilha da Baleia, também conhecida como “Ilha da Xuxa”, em Vila Velha, foi novamente alvo do Ministério Público Federal (MPF-ES). Desta vez, o órgão solicitou à Justiça que um empresário seja multado em R$ 10 mil por desobedecer a uma ordem judicial e intimidar banhistas na praia.

Ele já foi condenado em janeiro do ano passado pela mesma prática. Na sentença, o empresário foi proibido de praticar qualquer tipo de ação ou omissão que dificulte o livre acesso e o usufruto da praia por banhistas, esportistas e a população em geral à “Ilha da Xuxa”.

Apesar da decisão judicial, o MPF informou que recebeu denúncias de que o empresário continua intimidando frequentadores. No final de 2024, uma família relatou que foi abordada por um “segurança” da ilha enquanto adolescentes jogavam vôlei na areia. O segurança teria informado que a prática de esportes era proibida, pois o dono da ilha não permitia, e ainda ameaçou soltar cães, o que assustou os presentes.

“Além disso, imagens anexadas à denúncia mostram que o empresário instalou placas na areia com mensagens proibindo esportes, churrascos, despejo de lixo e a presença de animais de estimação na praia. Outra placa informa a suposta proibição de atracação de embarcações a menos de 200 metros da área”, afirmou o MPF.

Diante desses fatos, o MPF solicitou a aplicação da multa de R$ 10 mil, conforme previsto na sentença, e a elevação do valor para R$ 20 mil em caso de reincidência. O órgão também requer que o réu seja obrigado a retirar as placas instaladas na praia, sob pena de multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento.

No pedido, o MPF destacou que, embora o empresário tenha o direito de proteger sua residência e sua segurança pessoal, ele não pode agir como uma autoridade pública na praia, intimidando frequentadores sob a alegação de infringirem regras por ele criadas.

A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa do empresário. O espaço segue aberto para seu posicionamento.

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