O empresário Vilson Luiz Ballan, de 39 anos, se tornou oficialmente réu pela Justiça do Espírito Santo, pela morte de Breno Rezende de Carvalho. A decisão foi proferida nesta segunda-feira (15) pelo juiz Carlos Henrique Rios do Amaral Filho, que acatou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual.
O crime aconteceu na madrugada de 15 de março de 2025, na movimentada Rua da Lama, em Vitória. A vítima foi morta com um golpe de faca no peito após uma discussão com Ballan — proprietário do bar “Sofá da Hebe”, onde o desentendimento teve início.
Com base nos laudos periciais e testemunhos, o juiz entendeu que há indícios suficientes de autoria e materialidade, além de considerar o crime como homicídio duplamente qualificado, cometido por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
A Justiça também determinou a prisão preventiva de Luiz Ballan, argumentando que sua liberdade representa risco à ordem pública, à instrução criminal e à aplicação da lei penal. Ele responderá ao processo detido, enquanto aguarda julgamento pelo Tribunal do Júri.
Relembre o caso
Segundo a denúncia do MP e o boletim de ocorrência, a confusão começou por causa de uma cobrança de R$ 16, valor referente a uma cerveja que, segundo amigos de Breno, já havia sido paga. Testemunhas relataram que, mesmo após a confirmação do pagamento, Ballan continuou discutindo com a vítima e os amigos.
“Foi uma controvérsia na hora de pagar a conta, na qual ele alegava que o Breno não tinha pago a conta e ele alegando que pagou. Eles acertaram o que tinha para acertar e o Breno se retirou do local”, contou um primo da vítima à TV Sim/SBT.
Já fora do bar, Breno foi encontrado novamente por Ballan em frente a uma distribuidora de bebidas próxima. Imagens de videomonitoramento registraram o momento em que os dois voltaram a discutir. A gravação mostra Ballan retirando uma faca da cintura e atingindo Breno no peito. A vítima ainda tentou reagir com um soco, mas logo percebeu o ferimento e caiu no chão.
Pessoas que estavam nas proximidades acionaram o SAMU e a Polícia Militar, mas Breno já estava morto quando as equipes chegaram. Após o ataque, Ballan fugiu do local em uma picape branca e permaneceu foragido por três dias, até se entregar aos policiais.
Até o fechamento desta reportagem a defesa do empresário não se manifestou sobre o caso. O espaço segue aberto.
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