Igreja Luterana e cemitério em Domingos Martins em 1950.
Nesta quarta-feira (20), o município de Domingos Martins relembra uma data importante de sua história. Há exatamente 126 anos, católicos e luteranos relembram nesta data o grande surto de febre amarela que levou à morte centenas de imigrantes e seus descendentes em Domingos Martins. Segundo registros, nesta data, em 1895 foram realizados os últimos sepultamentos de vítimas da doença. Desde 1972, a data é considerada feriado municipal, instituído pela Lei n° 531/72.
Segundo informa Prefeitura de Domingos Martins, no século 19, um grande surto de febre amarela levou à morte centenas de imigrantes e seus descendentes no município. A doença chegou ao Brasil no século 17 em navios que vinham da África. Os primeiros casos datam de 1685, no Recife, e de 1692, na cidade de Salvador.
Durante o século 18 não foram relatados casos dessa doença no Brasil. Mas novos casos foram registrados no século seguinte, na forma de uma grande epidemia, que atingiu quase todo o país. O número de vítimas aumentou entre 1880 e 1889, quando foram registrados 9.376 casos, conforme dados o livro “A História da Saúde Pública no Brasil, de Cláudio Bertolli Filho. A doença chegou ao Espírito Santo e, em Domingos Martins, não foi diferente.
Ainda segundo a Prefeitura, naquela época, houve dias de acontecer até cinco sepultamentos na cidade, deixando as famílias martinenses desesperadas. Foi quando católicos e luteranos se reuniram para um dia de penitência e ficaram durante todo o dia em jejum e oração: os luteranos na igreja de Campinho e os católicos em Santa Isabel. “Conta a história que a fé dos imigrantes foi tão grande que os últimos sepultamentos aconteceram no dia 20 de janeiro de 1895. A partir dessa data, católicos e luteranos consagraram a data como Dia da Penitência, instituído anos depois como feriado municipal”.
Fonte: Prefeitura de Domingos Martins