A morte de Wenderson Rodrigues de Souza, de 30 anos, dentro do Centro de Detenção Provisória de Vila Velha, na manhã do último domingo (30), segue sob investigação. Ele estava preso desde o dia 14 de março pelo assassinato da vendedora Carla Gobbi Fabrete, atacada dentro da loja onde trabalhava no bairro Glória, em Vila Velha.
De acordo com a Secretaria da Justiça (Sejus), Wenderson passou mal dentro de sua cela e os demais internos alertaram os policiais penais. Ele foi encaminhado à Unidade de Saúde do Sistema Prisional (USSP), mas chegou ao local sem vida.
Nesta segunda-feira (31), a Polícia Civil informou que sete detentos que estavam na mesma cela de Wanderson foram ouvidos na 2ª Delegacia Regional de Vila Velha. Após prestarem depoimento, eles retornaram ao presídio, uma vez que, até o momento, não há indícios suficientes de que a morte tenha sido provocada intencionalmente.
Corte no pescoço
O laudo cadavérico do Instituto Médico Legal (IML) revelou que Wenderson morreu devido a uma lesão perfurocortante na cervical esquerda. O exame indicou que a lesão identificada pelo legista é um novo ferimento, distinto daquele auto-infligido no dia do crime contra Carla. Isso porque, logo após esfaquear a jovem, o homem tentou tirar a própria vida, com um corte no pescoço.
O caso foi encaminhado à Delegacia de Crimes no Sistema Carcerário e Socioeducativo, que continuará as investigações para esclarecer todas as circunstâncias do ocorrido.
Relembre o caso
A vendedora Carla Gobbi Fabrete foi atacada dentro da loja onde trabalhava, na segunda-feira (10), por Wenderson Rodrigues de Souza, de 30 anos, que se passou por cliente. Ele convenceu a vendedora a ir até os fundos do estabelecimento, onde desferiu vários golpes de faca. Após o crime, ele tentou tirar a própria vida e fugiu. Segundo a Polícia Civil, o homem escolheu a vítima por ser mulher.
Momentos depois, Wenderson foi localizado por agentes da Ronda Ostensiva Municipal (Romu), com cortes pelo corpo. Ele foi encaminhado sob custódia ao Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, e após receber alta, foi encaminhado ao sistema prisional.
Já Carla, chegou a ser socorrida pelo Samu ao Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória, onde passou por três cirurgias. No entanto, devido à gravidade dos ferimentos, morreu na manhã do dia seguinte ao crime. O corpo dela foi sepultado em São Gabriel da Palha, no noroeste do Espírito Santo, por escolha da família.
Após as despedidas, a família também decidiu fechar a loja de produtos para celulares, onde o crime aconteceu.
