Matheus Machado de Azevedo, triatleta de 30 anos, foi atropelado na manhã deste sábado (29) enquanto pedalava pelo acostamento da Rodovia do Sol, em Vila Velha. O acidente deixou o atleta com ferimentos por várias partes do corpo e a bicicleta ficou completamente destruída. Testemunhas relataram que ele foi arrastado por alguns metros após o impacto.
Em entrevista à reportagem da TV Sim/SBT, Matheus compartilhou sua sensação de ter “nascido de novo” após o acidente. “Eu dei muita sorte. Pela gravidade do acidente, ter saído sem fraturas ou lesões graves. É bizarro imaginar que tive toda essa sorte”, contou o triatleta.
O acidente ocorreu por volta das 5h30 da manhã, quando Matheus estava começando seu treino. “Eu estava iniciando o treino de manhã cedo, e não ouvi o som de frenagem, como a gente sempre escuta antes do impacto. Fui pego totalmente de surpresa. Não consigo nem descrever como aconteceu porque foi um grande susto. Não sabia onde estava até que consegui me levantar e fui procurar a minha bike. Quando vi o estado dela, percebi o quão sério foi o acidente, estava completamente destruída”, relatou.
Motorista fugiu sem prestar socorro
Após o atropelamento, o motorista do carro envolvido fugiu sem prestar socorro. Matheus registrou um boletim de ocorrência ainda no hospital e, segundo ele, as autoridades estão em busca de imagens de videomonitoramento para entender melhor a dinâmica do acidente.
“Fizemos o boletim no mesmo dia. No hospital, os policiais vieram perguntar sobre o que aconteceu e, mais tarde, registramos o boletim. Agora estamos procurando as imagens para tentar encontrar o motorista, pois já sabemos o local e o horário do acidente. Agora é buscar as imagens”, explicou o triatleta.
Consciência no trânsito
De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, ciclistas têm direito de trafegar pelas estradas. A legislação também determina que os motoristas devem manter uma distância de 1,5 metro dos ciclistas para garantir sua segurança.
“Um dos maiores problemas é a falta de consciência. Alguns motoristas realmente acham que estamos errados em estar ali, mas aquele é o nosso local de treino. Quando o motorista passa muito perto, buzina ou coloca a vida do atleta em risco, não é só a minha vida que está sendo ameaçada, mas também a de pais, filhos e avós que praticam atividade na estrada”, concluiu o triatleta.
Sobre o caso, A Polícia Civil informou que o fato é investigado por meio da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT) e que até o momento nenhum suspeito foi detido. A população pode auxiliar na investigação por meio do Disque-Denúncia 181.
