Cristo Redentor de escultor capixaba se torna oficialmente geminado com o do Corcovado

Agora é oficial. O monumento ao Cristo Redentor do Corcovado, no Rio de Janeiro, ganhou um novo irmão: o Cristo Redentor de Itaperuna, que fica no noroeste fluminense. E o Espírito Santo está representado de maneira fundamental nessa ocasião: o projeto da escultura de Itaperuna é do artista capixaba Antônio Francisco Moreira. Ele é o mesmo que construiu as esculturas dos Cristos de Guaçui, Mimoso do Sul e Colatina.

A geminação das duas estátuas é algo inédito, unindo uma figura mundialmente conhecida. “Agora, os dois monumentos passarão a realizar várias ações e parcerias, estabelecendo um intercâmbio de conhecimento, informações e experiências. De braços abertos, o Cristo Redentor nos acolhe”, publicou a prefeitura de Itaperuna.

A família do artista Antônio Francisco Moreira recebeu na cidade do noroeste fluminense a benção e homenagem do Bispo Dom Roberto Francisco Ferreira Paz.

A cerimônia especial que marca a ligação entre os monumentos foi realizada neste domingo (5) em Itaperuna, e contou com diversas autoridades da Igreja Católica do Rio de Janeiro. Também foi lançado o memorial do Cristo Redentor de Itaperuna, que ficará localizado na base do monumento, na parte alta do Centro da cidade.

História

O Cristo Redentor de Itaperuna foi inaugurado em 20 de janeiro de 1966. A estátua, com 20 metros de altura, foi idealizada pelo então prefeito, já falecido, Cláudio Cerqueira Bastos e projetada pelo escultor capixaba Francisco Moreira.

O primeiro Cristo Redentor construído pelo Antônio, foi em Guaçuí em 1956. A estrutura do sul capixaba pesa quase 100 toneladas e tem 21 de altura, e demorou 113 dias para ser construída. No dia 26 de dezembro do mesmo ano, a obra foi finalizada.

Segundo Antônio Francisco Moreira Filho, na época o prefeito de Guaçuí, que era o Djalma de Sá de Oliveira, queria fazer um cruzeiro de cimento no morro. Foi nesse momento que o pai do Antônio, sugeriu de fazer um cristo.

“Meu pai sugeriu fazer um cristo igual do Rio de Janeiro, mas menor. O prefeito disse muito bom, mas quem que ia fazer, o meu pai disse que fazia. Djalma acreditou e os dois aceitaram o desafio”, disse o filho do artista.