Conflito por terreno motivou homicídio em Vila Velha, diz PC

Polícia aponta disputa por terreno como causa da morte de jovem na Barra do Jucu. Samuel Couto Dias foi assassinado a tiros em 2 de novembro

Por Redação

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o homicídio de Samuel Couto Dias, 25 anos, ocorrido em 2 de novembro deste ano, na região da Ponte da Madalena, na Barra do Jucu, em Vila Velha. A vítima foi morta a tiros após um conflito relacionado à disputa pela posse de um terreno na região, segundo informou a Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Samuel havia se mudado recentemente para o local e trabalhava como vendedor de bebidas na área, conhecida pelo fluxo turístico. De acordo com o delegado adjunto da DHPP de Vila Velha, Adriano Fernandes, a motivação do crime está ligada a uma disputa judicial envolvendo o terreno onde o jovem morava.

O espaço estaria em litígio entre a irmã do suspeito, Roberto Vieira, e o ex-marido dela. “Quatro meses antes do crime, o ex-marido da irmã de Roberto colocou a vítima, Samuel, para morar na casa localizada nesse terreno. Como já existia um conflito judicial sobre quem detinha a posse do imóvel, Samuel acabou sendo envolvido nessa disputa e passou a ter desentendimentos com a família de Roberto”, explicou o delegado.

Roberto Vilete Vieira, de 52 anos | Foto: PCES

Segundo o relato policial, o clima de tensão aumentou no dia do crime. Testemunhas afirmaram que Roberto discutiu com Samuel, voltou à própria casa e buscou uma arma de fogo registrada apenas para porte residencial ou uso no local de trabalho. Ao retornar, ainda teria efetuado um disparo para o alto na tentativa de intimidar a vítima.

Logo depois, Roberto atirou diversas vezes contra Samuel. O laudo cadavérico indicou ao menos três perfurações de entrada.

A Polícia Civil solicitou a prisão temporária do suspeito, que foi deferida pela Justiça. Durante o interrogatório, Roberto indicou onde estava a arma utilizada, que acabou apreendida. Ele afirmou ter agido em legítima defesa, alegando que Samuel estava com uma faca.

“A perícia esteve no local, assim como a equipe de investigação da DHPP, e ambas não constataram que a vítima estivesse armada”, ressaltou o delegado.

Com a conclusão do inquérito, Roberto Vieira foi indiciado por homicídio doloso. A prisão temporária foi convertida em preventiva após denúncia apresentada pelo Ministério Público e acolhida pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Vila Velha. O caso segue agora na Justiça para a continuidade do processo.

Segundo a polícia, Roberto já possuía passagens anteriores por ameaça e lesão corporal. Samuel também tinha registro anterior por agressão, enquadrado na Lei Maria da Penha.

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