Isso acontece porque o cometa fica cada vez mais distante do Sol com o passar dos dias e, consequentemente, cada vez menos brilhante, o que dificulta a observação do cometa Neowise cruzando o céu.
De acordo com o professor da Unesp, o cometa ficará relativamente visível durante o pôr do sol, mais próximo da linha do horizonte e no sentido noroeste. “Deve-se procurar pelo cometa bem próximo do horizonte. Não é para olhar para cima”, explica.
Essa será uma observação difícil devido a claridade natural do céu no fim do dia. A dica do especialista para aqueles que desejam ver o fenômeno é procurar um lugar que não tenha muitas árvores altas e prédios e que seja mais afastado da cidade, pois a luz artificial pode ofuscar ainda o brilho do cometa.
Quem conseguir observar o céu o momento certo conseguirá perceber um risco brilhante. “Quando o cometa está dando a volta ao sol, ele acaba soltando muitas partículas de rocha e poeira. Por isso que os cometas costuma ter aquela calda, aquele rabo comprido todo brilhante, que na verdade são as partículas que estão se soltando no espaço”, explica.
As condições meteorológicas também são importantes, como céu limpo (sem nuvens), ar seco e temperatura baixa também propiciam maior visibilidade do corpo celeste. A época do ano, portanto, é favorável para os brasileiros que gostam de astronomia.
Outra dica de Langhi é a utilização de um binóculo. Recomendam-se um modelo 7×50, ou seja, que amplie a visão sete vezes mais do que o olho humano e cuja lente possui 50 milímetros de diâmetro. Vale ressaltar que a lente deve ser transparente.