A intensa movimentação do mercado de pilotos da Fórmula 1 nos últimas dias pode deixar o tetracampeão Sebastian Vettel sem equipe na próxima temporada. O anúncio na semana passada de que o alemão sairia da Ferrari provocou uma série de mudanças no grid. Por outro lado, o cenário aquecido indica a real possibilidade de o alemão passar pelo menos um ano distante da categoria.
Essa chance foi reforçada no fim de semana, quando o diretor de McLaren, Zak Brown, afirmou que considera difícil ver Vettel no grid em 2021. “A grande questão é se o Seb quer ir para uma equipe que, provavelmente, não vai vencer em 2021. Acho que, infelizmente, ele vai acabar por sair da categoria”, disse em entrevista ao canal Sky Sports F1. “Não me parece que haja uma oportunidade na Mercedes ou na Red Bull para ele, e na McLaren também não”, completou.
Um dos últimos lugares que poderia receber Vettel na próxima temporada pode ser ocupado por outro campeão mundial. O espanhol Fernando Alonso está cotado para voltar à categoria como piloto de Renault. Longe da Fórmula 1 desde 2018, o bicampeão mundial tem um longo relacionamento com a escuderia francesa, onde viveu a fase mais vencedora da carreira e ganhou os campeonatos de 2005 e 2006.
Inclusive, o jornal espanhol Marca publicou que o chefe da Renault, Cyril Abiteboul, iniciou os contatos com Alonso. Caso a negociação avance, o bicampeão teria como companheiro de equipe o francês Esteban Ocon, considerado na categoria como um piloto jovem e com potencial para ser campeão mundial no futuro.
A vaga na Renault se abriu porque a saída de Vettel causou uma reação em cadeia na Fórmula 1. Para a vaga dele, a escuderia italiana vai tirar Carlos Sainz da McLaren, que por sua vez trará o australiano Daniel Ricciardo, atualmente na Renault. Se a equipe francesa realmente fechar com Alonso, o alemão quase não terá mais opções entre as equipes de ponta do grid.
A última opção seria na melhor equipe do grid, a Mercedes, que têm dois pilotos com vínculos válidos somente até o fim deste ano. A escuderia que domina a categoria desde 2014 deve renovar o vínculo do hexacampeão mundial Lewis Hamilton, mas ainda não se sabe o que será feito com o finlandês Valtteri Bottas. A formação de uma dupla com Hamilton e Vettel seria promissora para os fãs, mas poderia significar um grande problema de gestão de pessoas para os dirigentes do time.