Com mais casos de covid e gripe, ES vai aumentar em 300 leitos a oferta em hospitais

Os hospitais da rede pública capixaba vão passar a contar com mais 300 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e de enfermarias para pessoas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O aumento na quantidade desses espaços se dá pela previsão da Secretaria estadual de Saúde (Sesa) do aumento de internações, tanto por Covid-19 quanto pela influenza. A informação foi dada pelo secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, nesta quarta-feira (05).

A previsão da elevação da curva de contaminação por qualquer um dos vírus é esperado para as próximas semanas mas, segundo Nésio Fernandes, “se as três doses de vacina contra o novo coronavírus avançarem, a chance de vivermos, nos meses de fevereiro e março, uma situação complexa no âmbito hospitalar é bem menor”.

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Fernandes disse também haver a possibilidade, caso se confirme o acréscimo de internações, um incremento do número de mortes devidos as duas doenças. Nesta terça-feira (04), o boletim da Sesa, confirmou oito mortes pela influenza no Estado, principalmente em dezembro.

Falta de remédio

O uso indevido do remédio de gripe Oseltamilvir, conhecido como Tamiflu, por pacientes não inclusos dentro da bula de indicação, e pessoas que não receberam prescrição de profissionais da saúde, pode levar a falta do medicamento em estabelecimentos e farmácias dos locais públicos de atendimento de saúde.

O remédio, indicado para crianças com menos de cinco anos, gestantes e idosos acima de 60 anos, vem sendo utilizado pela população para tratar de sintomas gripais sem antes irem a postos de saúde. Para evitar a falta do remédio e transtornos no tratamento de pacientes, de acordo com Fernandes, o Estado comprou 110 mil do produto, e ainda solicitou mais 300 mil ao Ministério da Saúde (MS), sendo o envio de 100 mil desse pedido já confirmados.

Reforço nas Unidades Básica de Saúde

Na coletiva, a superlotação de UPA’s e PA’s foi apontada como decorrência de alta procura desses locais por pessoas com sintomas leves de gripe. “Esses casos devem ser atendidos em Unidades Básicas de Saúde, pois elas tem capacidade de ofertar o mesmo atendimento de ocorrências não graves”, disse o secretário.

Com a ocorrência da pandemia da Covid-19, com a nova variante ômicron, e a epidemia da influenza, o secretário pediu as UBS’s um reforço na quantidade de testes, de consultas e oferta de Tamiflu. “Para a emissão de atestado e avaliação de médicos e enfermeiros, os enfermos podem ir aos pontos de saúde dos bairros e evitar acumulação de grande número de pessoas em UPA’s e PA’s.”