Chuvas no ES trazem perdas a produtores e causam aumento nos preços na Ceasa

As chuvas do mês de janeiro castigaram muitas cidades do Espírito Santo. No campo, muitas lavouras foram devastadas pelas enchentes e o reflexo chegou no prato dos capixabas.

Com a perda das plantações e a escassez dos produtos, hortaliças e legumes estão mais caros e com a qualidade prejudicada. Um exemplo é o tomate, que deveria estar por volta de R$60 reais a caixa e está sendo vendido por R$100, no mínimo.

Segundo a subgerência técnica da Central de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa), que realiza pesquisa de preços no local, o excesso de chuvas prejudica qualquer tipo de atividade de produção e isso faz com que, automaticamente, a quantidade de mercadoria diminua. “Como a oferta é pequena, o preço logicamente vai subir. Os valores devem continuar nas alturas até o fim da temporada de chuvas, até o sol se firmar, e mesmo com a volta do sol, o início ainda vai ser difícil para a recuperação do solo”, explica a Ceasa em nota.

Além do tomate, hortaliças como cebolinha, salsa e coentro também foram muito afetadas pelas chuvas e registraram aumento de mais de 100% nos preços.

O comerciante Fernando Uliana, conta que as chuvas atingiram diretamente os produtos vendidos por ele, deixando diversos prejuízos. “As chuvas atrapalharam a colheita da batata e da cenoura, fora a questão do transporte, que tivemos que arrumar rotas alternativas e tudo isso gera um custo maior”, pontua.

O tempo instável ainda deixa incertezas para o produtor. Afinal, mesmo que as chuvas deem uma trégua, é preciso de tempo para os preços voltarem a baixar. “Com muita chuva a terra encharca, ou seja, a terra ainda está muito molhada. Mesmo depois que passar o período de chuva, nós vamos ter que aguardar uns 30 dias para que a produção seja reativada, não só no nosso estado, mas também em outros lugares que sofreram com as chuvas”, diz José Mansur, diretor técnico operacional do Ceasa.

No site www.ceasa.es.gov.br é possível verificar, diariamente, a tabela com os preços dos alimentos comercializados no local.