Chernobil: Encontrado fungo que se alimenta de radiação

Fungos pareciam buscar a radiação da mesma forma que plantas procuram luz

Por R7
Cientista descobre fungos pretos "que pareciam buscar a radiação da mesma forma que plantas procuram luz"/Facebook Reprodução

Em 1997, a pesquisadora ucraniana Nelli Zhdanova entrou nas ruínas radioativas da usina de Chernobyl e encontrou algo inesperado: um fungo que crescia nas paredes e estruturas metálicas do reator destruído.Até hoje, a descoberta é objeto de estudo, sendo investigada como uma forma de descontaminar áreas e até proteger astronautas contra a radiação.

A cientista já estudava o ambiente desde o desastre nuclear de 26 de abril de 1986, quando uma falha no reator quatro provocou a explosão que espalhou grandes quantidades de material radioativo.

Durante análises anteriores do solo, Zhdanova havia notado que alguns fungos se aproximavam das partículas contaminadas. A visita de 1997 confirmou que esse comportamento também ocorria dentro da área mais crítica da usina. Segundo ela, os fungos pareciam buscar a radiação da mesma forma que plantas procuram luz.

O motivo pelo qual os organismos prosperam melhor nesses ambientes é graças à melanina, pigmento que deixa os fungos negros e funciona como uma espécie de “escudo”, protegendo-os da radiação ultravioleta. O processo pode ser comparado à fotossíntese das plantas, que transforma a energia da luz solar em combustível para o crescimento.

A descoberta, que parecia apenas uma curiosidade biológica, hoje inspira pesquisas no mundo todo. Estudos conduzidos após o trabalho de Zhdanova investigam como esses fungos poderiam ser usados tanto para limpar ambientes altamente contaminados quanto para criar barreiras naturais contra radiação em missões espaciais de longa duração.

Do R7

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