O número de pessoas sob investigação por possível ligação com o surto de origem desconhecida no Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória, subiu para 88, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta quarta-feira (29). O total representa crescimento em relação aos 69 casos suspeitos registrados na terça-feira (28).
De acordo com a Sesa, os casos suspeitos envolvem 63 trabalhadores do hospital, 15 acompanhantes e 10 pacientes que estavam internados na unidade. Todos seguem classificados como casos suspeitos, já que ainda não foi identificado o agente causador da infecção. Os exames estão sendo realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/ES) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com análise para cerca de 300 tipos de patógenos, incluindo vírus, fungos e bactérias.
20 pessoas estão internadas
O boletim aponta que 20 pessoas permanecem internadas, sendo cinco em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 15 em enfermarias. Entre elas estão 10 trabalhadores do Santa Rita, oito pacientes e dois acompanhantes.
As internações estão distribuídas por seis municípios capixabas: Vitória, Serra, Cariacica, Colatina, Guarapari e Linhares. A capital concentra o maior número de hospitalizações (10), seguida da Serra (5). O boletim também registra uma alta hospitalar em Vila Velha e a transferência de um acompanhante da UPA da Serra para Linhares.
Segundo a Sesa, os pacientes internados fora da Grande Vitória são acompanhantes que estiveram no Hospital Santa Rita e apresentaram sintomas após retornarem aos municípios de origem.
“Esses pacientes são acompanhantes que tiveram contato com pessoas internadas na enfermaria do hospital. Após voltarem para casa, desenvolveram sintomas e procuraram atendimento na unidade de saúde local”, explicou a secretaria.
Espírito Santo segue em alerta máximo
O Espírito Santo continua em alerta máximo. A principal linha de investigação considera uma contaminação de origem ambiental, possivelmente relacionada à água, superfícies ou sistema de ar-condicionado da ala E, setor de internação oncológica onde os primeiros casos surgiram no dia 13 de outubro.
Equipes da Vigilância em Saúde da Sesa e do Ministério da Saúde seguem atuando dentro do hospital. A ala E e um centro cirúrgico permanecem interditados por precaução, enquanto os demais setores — incluindo cirurgias, exames e tratamentos oncológicos ambulatoriais — continuam funcionando normalmente.
Boletins diários e informações oficiais
Enquanto durar a investigação, a Sesa continuará divulgando boletins diários às 18 horas, com a evolução dos casos e as medidas adotadas. A secretaria reforçou que informações falsas sobre o surto têm circulado nas redes sociais e pediu que a população busque apenas fontes oficiais para se informar.





