O Espírito Santo já contabilizou um total de 8.169 casos confirmados de Febre do Oropouche, doença transmitida pelo mosquito Maruim. Os casos foram registrados na semana epidemiológica 01 de 2024 (31/12/2023 a 06/01/2024) até semana epidemiológica 04 de 2025 (19/01/2025 – 25/01/2025).
De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Saúde (SESA), nesta quinta-feira (30), uma pessoa morreu em decorrência da doença no município de Fundão. Outras três mortes estão em investigação no Estado.
A cidade com o maior número de casos confirmados é Alfredo Chaves, no Sul do Estado, com 1.281 registros.
Clique aqui e confira o número de casos por municípios.
Febre do Oropouche
O Ministério da Saúde define a febre do Oropouche como uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no país, sobretudo na região amazônica, considerada endêmica para a enfermidade. Em 2024, entretanto, a doença passou a preocupar autoridades sanitárias brasileiras, com transmissão autóctone em diversas unidades federativas.
A transmissão acontece principalmente por meio do vetor Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros.
No ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros. Nesse cenário, o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente conhecido como pernilongo e comumente encontrado em ambientes urbanos, também pode transmitir o vírus.
Sintomas e prevenção
Os sintomas da Febre do Oropouche são muito parecidos com os da dengue. Duram entre dois e sete dias e incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na lombar e dor articular. Também pode haver tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.
Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
A principal medida preventiva é evitar a exposição ao inseto. Porém, segundo especialistas, repelentes e inseticidas convencionais não são tão eficazes contra o maruim.
Outra dificuldade é que esse mosquito pode atravessar telas convencionais por ser muito pequeno. Diante disso, é recomendada a utilização de malhas ultrafinas ou até mesmo o fechamento completo de portas e janelas. Outra alternativa é eliminar os criadouros da espécie, que incluem água parada rica em matéria orgânica.
Com informações da Agência Brasil e SESA