Os pais da criança que morreu na segunda-feira (4) foram foram pesos no município de Vila Velha nesta quinta-feira (6) por suspeita de estupro e agressões que resultaram na morte do bebê. Segundo a Polícia Civil, a prisão foi convertida em preventiva após o resultado do laudo do Instituto Médico Legal (IML).
A polícia ainda informou que o casal nega todas as acusações, e durante o depoimento disseram não saber os motivos de todos os machucados no corpo da criança. Durante relato a PC, ambos afirmaram terem notado apenas leves marcas na virilha, mas ao acordaram na segunda já tinha se espalhado por outros membros.
Apesar da negativa, o resultados da análise do médico-legista Josias Rodrigues Westphar, mostra a existência de marcas de agressões e espancamento externos e internos. “O exame físico externo e lesões por queimadura, equimoses devido provavelmente a pancada, e ao abrir o corpo no decorrer do exame encontramos machucados, e anus dilacerado. Não dá pra saber como apanhou, mas dá para informar que ele foi agredido. Só investigação que pode responder essa questão”, disse Westphar.
O médico-legista contou que serão feitos os exames de PSA e espermatozoide, “e se der positivo para um dos dois, é confirmado a introdução da genitália masculina na criança.” O resultado sai em 15 dias.
INDIFERENÇA DOS PAIS
O dialogo entre os pais ao saberem da morte do filho foi indiferente e frio. “Normalmente quando se recebe a notícia do falecimento de uma criança tão jovens os pais ficam consternados, porém eles não mostraram emoção, houve somente um leve choro e os pais não conversavam entre si e não se olhavam. Quando um passava, o outro virava a cara”, disse Allan de Andrade, titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) de Vila Velha.
Andrade também informou que quando a mãe foi fazer um Boletim de Ocorrência, após a médica indicar o procedimento por ter detectado o prática de abuso sexual no bebê, ela fez um relato simples e sem detalhes.
As conversas entre o casal levantaram mais desconfiança sobre a participação de ambos no caso. “Na conversa do WhatsApp ele diz que eles teriam que conversar para ver se tinham deixado algo passar quando a mãe fez o BO”, contou o titular.
De acordo com a polícia, eles foram indiciados por estupro de vulnerável e tortura. O caso continuará sendo investigado para identificar se existe a participação de outras pessoas no crime.