Casa Branca diz que tarifas contra a China podem ir a 245%

País asiático convoca reunião informal do Conselho de Segurança da ONU

Por Agência Brasil
Casa Branca/Governo EUA/Reprodução

A Casa Branca divulgou, nesta quarta-feira (16), que as tarifas contra a China podem chegar a 245% em determinados casos. Na semana passada, o governo dos Estados Unidos aumentou para 145% as taxas sobre importações de produtos chineses. Donald Trump também decidiu impor restrições a exportações de chips de inteligência artificial para a China. A medida atinge chips H20, da Nvidia, e o processador MI308, da fabricante AMD.

O anúncio da medida fez com que os três principais índices acionários dos EUA tivessem forte queda nesta quarta-feira, sobretudo devido à baixa nas ações de empresas de tecnologia. A Nvidia já divulgou que cobrará US$ 5,5 bilhões em encargos, após as restrições à exportação de chips para a China. A AMD espera cobranças de US$ 800 milhões. Os valores cobrados referem-se a estoques, reservas e compromissos de compra que não poderão ser cumpridos devido às restrições de exportação.

A queda das ações também foi influenciada por declarações de Jerome Powell, presidente do FED, o Banco Central americano. Durante evento do Clube Econômico de Chicago, Powell afirmou que o FED está tão perplexo quanto o restante do mercado com a imposição do tarifaço e os constantes recuos do governo Trump. Ele também afirmou que tarifas maiores do que o esperado provavelmente significam inflação mais alta e crescimento mais lento, reforçando que o crescimento econômico dos Estados Unidos está desacelerando.

A China convocou uma reunião informal do Conselho de Segurança das Nações Unidas para a próxima quarta-feira, 23 de abril. O governo chinês enviou uma carta aos 193 países-membros da ONU acusando os Estados Unidos de usar tarifas como armas e de criar empecilhos para os esforços globais pela paz e pelo desenvolvimento. Mais cedo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, pediu que o governo Trump pare de fazer pressão, caso realmente queira resolver os problemas por meio do diálogo. *Com informações da agência Reuters

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