Um cão da raça Golden Retriever foi resgatado em condições de maus-tratos em um apartamento no bairro Itapuã, em Vila Velha, durante uma operação da Polícia Civil realizada na manhã desta quinta-feira (24). A suspeita, uma mulher de 59 anos, foi presa em flagrante.
Ao chegarem ao imóvel, os policiais foram recebidos pela mulher. No interior do apartamento, os agentes encontraram um forte odor, caracterizado pelo médico veterinário presente como fétido, proveniente de animais e seus respectivos excrementos.
Três animais foram encontrados na residência, sendo um deles da raça Golden Retriever. O cão apresentava odor fétido, lesões dermatológicas graves e crônicas, além de secreção seborreica, indicando ausência de cuidados veterinários adequados. Segundo o veterinário, as condições em que o animal foi encontrado caracterizam maus-tratos.
“O ambiente encontrava-se com excrementos espalhados por todo o piso, em condições insalubres. Além disso, constatou-se que o animal estava submetido a regime de confinamento inadequado, considerando as necessidades específicas da raça e porte, que requerem locomoção constante. Tal situação agravava o estresse ao qual o animal era submetido”, explicou o delegado Leandro Piquet, da Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente (DEPMA).
A fiscalização da Prefeitura de Vila Velha já havia vistoriado o local anteriormente e emitido notificações, mas nenhuma providência havia sido tomada pela moradora.
Ainda de acordo com a polícia, além do resgate do cão, a operação também constatou que uma idosa de 84 anos, mãe da suspeita, vivia no mesmo ambiente, exposta aos mesmos riscos sanitários. Diante da situação, o delegado acionou a neta da idosa para garantir os cuidados necessários à avó.
O Golden Retriever foi recolhido e será encaminhado para um abrigo sob responsabilidade da Prefeitura de Vila Velha. Os outros dois animais encontrados não apresentavam sinais de maus-tratos e permaneceram no local.
A Polícia Civil informou que a suspeita foi autuada em flagrante por praticar maus-tratos contra animais, com base no artigo 32, §1°-A da Lei 9.605/98. Após os procedimentos de praxe, ela será encaminhada ao sistema prisional.
