Bolsonaro é proibido de se comunicar com o filho Eduardo

Além disso, ex-chefe do Executivo está proibido de sair de casa entre 19h e 7h, inclusive nos fins de semana

Por R7
Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro. Foto: Marcos Corrêa/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro está proibido de manter contato com o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está licenciado do cargo e atualmente reside nos Estados Unidos. As restrições se aplicam aos demais réus do processo.

A decisão é do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O ex-chefe do Executivo também está impedido de acessar as redes sociais e de entrar em contato com diplomatas e embaixadores, bem como se aproximar de embaixadas.

Outro ponto da decisão é que Bolsonaro está proibido de sair de casa entre 19h e 7h, inclusive nos fins de semana.

Todas as medidas foram autorizadas no âmbito da PET n.º 14129. A representação foi feita pela PF, com parecer favorável da PGR (Procuradoria-Geral da República), pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução da Justiça atentado à soberania nacional.

Notas de defesa

Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que recebeu com “surpresa e indignação” a imposição de medidas cautelares “severas” contra ele. Segundo os advogados, Bolsonaro sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário.

“A defesa irá se manifestar oportunamente, após conhecer a decisão judicial”, informou.

O Partido Liberal enviou nota afirmando que manifesta “estranheza e repúdio” diante da ação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira, que incluiu mandados de busca na residência do presidente Jair Bolsonaro e na sala que ocupa na sede nacional do partido.

Relembre

A PGR solicitou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

Além dele, outras sete pessoas, incluindo generais e ex-ministros, também foram acusadas. A PGR afirma que Bolsonaro liderava a organização criminosa responsável por atos críticos contra a democracia.

Os crimes atribuídos ao grupo incluem organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, com penas que podem chegar a até 43 anos de prisão.

Entre os acusados estão Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; e Paulo Sérgio Nogueira, ex-líder do Exército.

O documento da PGR detalha que a tentativa de golpe não se concretizou devido à falta de apoio das Forças Armadas.

O julgamento está previsto para ocorrer entre o final de agosto e início de setembro. Em resposta às acusações, Bolsonaro negou envolvimento e classificou as alegações como infundadas.

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