Oito pessoas foram presas nesta sexta-feira (25) suspeitas de envolvimento com a facção Primeiro Comando de Vitória (PCV). De acordo com a polícia, os detidos são subordinados de Fernando Moraes Pereira Pimenta, o ‘Marujo’ – criminoso que já foi o mais procurados do Espírito Santo e está preso desde março de 2024.
Durante a operação, intitulada de ‘Marujada’, foi preso Jean Finamore Bento, que fazia parte da lista dos mais procurados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e é apontado como gerente do tráfico no Bairro da Penha, além de ser suspeito de coordenar ataques contra facções rivais na Grande Vitória.
Segundo as investigações, ‘Boca de Lata’ também seria um dos ‘homens de confiança’ de Marujo e exercia grande influência no PCV.
Jean tentou fugir dos policiais durante a operação e deixou pra trás um celular, mas foi preso ao se esconder na casa de uma pessoa do Bairro da Penha, na capital. “A gente localizou ele dentro da casa de um morador, que demonstrou muito medo, mas assim que ele [Jean] se viu acuado, fizemos o cerco tático e ele saiu do imóvel”, delegado Alan Moreno de Andrade, coordenador do Ciat.
Outros criminosos também foram presos em Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana. Todos eles, segundo a polícia, tem ligação direta também com o Comando Vermelho do Rio de Janeiro, que é uma espécie de ‘parceiro’ da facção PCV no Espírito Santo.
PRESO NO TELHADO
Em Cariacica, no bairro Padre Gabriel, um dos suspeitos, que não teve o nome divulgado, foi preso em cima do telhado de uma casa. Com ajuda de um drone, os policiais tiveram acesso a localização exata dele e, ao se ver cercado, o traficante acabou se rendendo.
“Nós sabíamos que ele estava escondido dentro de uma residência e quando nós chegamos ele pulou o muro e foi pulando de telhado em telhado, se escondendo em várias residências. Nós tivemos que cercar o quarteirão, e pedir aos moradores, que foram muito colaborativos, e entramos de casa em casa. Ele foi pulando de telhado em telhado e com ajuda do drone nós localizamos ele em cima de uma residência, bem no centro do bairro”, explicou o delegado Tarik Halabi Souki, da Divisão Especializada de Repressão às Ações Criminosas (Draco).
Participaram da operação a Polícia Civil, por meio do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), Delegacias Especializadas, Subsecretaria de Inteligência (Sei) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), da Polícia Penal do Espírito Santo (PPES) e do Núcleo de Operações e Transportes Aéreo – NOTAER.
