* Com informações do Portal ES 360
Um bebê de 1 ano e três meses morreu após dar entrada no Pronto Atendimento de Alto Lage, em Cariacica, com sintomas de gastroenterite. Após ser atendida pela equipe médica da unidade, a criança não resistiu. A mãe da menina, Ana Paula Araújo, fez um desabafo nas redes sociais e pediu explicações para a morte repentina.
Em seu relato, postado durante a semana, a mãe contou que a filha acordou de madrugada vomitando e com diarreia. Ela foi levada para a unidade de saúde e, ao chegar ao PA, foi rapidamente atendida e colocada no soro.
“Quando terminou, ela começou a chorar muito. Em um ano e três meses, nunca a vi chorar dessa forma, como se estivesse me pedindo socorro. Voltamos para a médica, e foi feito um novo exame que constatou que a glicose estava em 380.”
Foi aplicada uma nova medicação na menina, que apresentou melhoras. “Ela brincava, em momento nenhum demonstrou qualquer desconforto. Estava falando com os pais e os irmãos”, relatou a mãe.
Antes de receber alta, no entanto, foi feito um novo teste para verificar o índice de glicose, que estava em 28, bem abaixo do normal. “Colocaram glicose na veia, e foi quando tudo começou a desandar. Em nenhum momento teve sofrimento. Ela não chorou, não sufocou, nem se debateu. Simplesmente deu um suspiro e foi ficando molinha.”
Ana Paula afirma que ninguém soube explicar o que aconteceu. “Vi eles reanimando ela, colocaram máscara de oxigênio. Me pediram para não ficar mais na sala. Como uma criança entra bem, com um quadro viral ou bacteriano, e sai de lá morta? Falei que queria uma explicação.”
Segundo ela, foi constatado que a bebê teve um edema pulmonar, ou seja, estava com os pulmões cheios de líquido. “Colocaram uma quantidade de soro que ela não suportava. É como se tivesse morrido afogada. O que me conforta é saber que ela não sofreu”, disse.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Cariacica informou que a criança chegou ao Pronto Atendimento Monsenhor Rômulo Neves Balestrero, em Alto Lage, com quadro de diarreia aguda e leve desidratação, sendo tratada conforme o protocolo médico. No entanto, o quadro evoluiu para uma parada cardiorrespiratória irreversível. A direção do Pronto Atendimento aguarda o laudo definitivo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), e o caso segue em investigação.
