Autoridades do Legislativo e do Judiciário e pré-candidatos à Presidência da República rebateram as críticas à segurança do sistema eleitoral e as acusações contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) feitas pelo presidente Jair Bolsonaro durante um encontro com embaixadores, em Brasília, nesta segunda-feira (18).
Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO – 11.07.2022
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que não cabem mais dúvidas sobre as urnas. “A segurança das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral não podem mais ser colocadas em dúvida. Não há justa causa e razão para isso. Esses questionamentos são ruins para o Brasil sob todos os aspectos”, afirmou o senador.
Pacheco – que desistiu da candidatura à Presidência para focar o Senado – destacou ainda que cabe ao Congresso Nacional “afirmar à população que as urnas eletrônicas darão ao país o resultado fiel da vontade do povo, seja qual for”.
Em nota, A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) também manifesta apoio ao TSE e aos ministros e rechaçou “qualquer tentativa de impugnação a tal resultado [das eleições] fora das vias adequadas, ou seja, aquelas admitidas pelo ordenamento jurídico, garantida a independência do Poder Judiciário e a soberania do voto popular”.
Simone Tebet (MDB-MS)
LEOPOLDO SILVA/AGÊNCIA SENADO – 21.09.2021
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), pré-candidata à Presidência da República, reforçou a confiança no sistema de votação. “O Brasil passa vergonha diante do mundo. O presidente convocou embaixadores e utilizou de meios oficiais e públicos para desacreditar mais uma vez o sistema eleitoral brasileiro”, escreveu.
“Reforço minha confiança na Justiça Eleitoral e no sistema de votação por urnas eletrônicas”, complementou a parlamentar.
Ciro Gomes (PDT-CE)
NACHO DOCE/REUTERS – 20.09.2018
O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT-CE) afirmou que a postura do presidente foge às atribuições do cargo. “Depois do horrendo espetáculo promovido, hoje, por Bolsonaro, ele não pode ser mais presidente de uma das maiores democracias do mundo, ou o Brasil não pode mais se dizer integrante do grupo de países democráticos”, escreveu ele, nas redes sociais.
“Não há mais paciência política nem armadura institucional capazes de suportar tamanho abuso. Muito menos complacência de se interpretar organização clara e deliberada de golpe como arroubos retóricos ou desatinos de um presidente desqualificado”, acrescentou.
Lula (PT)
REPRODUÇÃO
O pré-candidato ao Palácio do Planalto Lula (PT) também se manifestou na internet.
Para o petista, “é uma pena que o Brasil não tenha um presidente que chame 50 embaixadores para falar sobre algo que interesse ao país. Emprego, desenvolvimento ou combate à fome, por exemplo”.
“Ao invés disso, conta mentiras contra nossa democracia”, argumentou o ex-presidente nas redes sociais.