Ataque de cupins faz igreja histórica do ES ser interditada

A paróquia comunicou a interdição da igreja e informou que as atividades agora serão realizadas no salão que fica ao lado ao templo

Por Redação
Foto: Divulgação / CREA-ES

Uma inspeção realizada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) na Igreja Matriz da Paroquia São João Batista, de Muqui, região Sul do estado, concluiu que um ataque de cupins atingiu de forma intensa toda a extensão do telhado do templo. Por conta dos estragos, a estrutura ficou comprometida e a igreja precisou ser interditada.

Foto: Cris Dock / TV Sim/SBT

Em nota divulgada nesta segunda-feira (24), o CREA-ES informou que há sobrecarga na estrutura, além de importantes fissuras nos pilares e no ponto de ligação entre a parte inferior e os adornos construídos com arcos de madeira. Também foram encontrados pontos de infiltrações em paredes.

“A edificação não possui os projetos arquitetônicos nem tampouco os projetos estruturais. Isso dificultou a realização de uma análise mais detalhada, fundamentada em documentação técnica. A idade da estrutura combinada com a falta de um programa de manutenção estabelecido e, ainda, com a ausência de um tratamento preventivo, fizeram potencializar o surgimento de manifestações patológicas na estrutura de madeira da cobertura do templo”, relatou o engenheiro civil Erivelto Diogo.

Foto: Divulgação / CREA-ES

A paróquia comunicou a interdição da igreja e informou que as atividades agora serão realizadas no salão que fica ao lado ao templo, até que a reforma seja iniciada e concretizada.

“Todas as medidas necessárias foram realizadas a partir do momento em que tomamos consciência do resultado da vistoria, ao mesmo tempo que sabemos que tal comprometimento se agravou devido à falta de um restauro integral ao longo dos últimos anos, sendo as intervenções realizadas somente de forma emergencial”, diz parte do documento assinado pelo pároco local.

“A Igreja Matriz é uma construção histórica e que faz parte do sítio histórico de Muqui, tombado pelo município em 1999 e pelo governo do Estado em 2012, através da Resolução CEC n° 002/2012. Sendo assim, buscaremos junto aos órgãos competentes, todas as medidas necessárias para o restauro e o consentimento dos técnicos responsáveis para o retorno das atividades”, finaliza o documento.

Foto: Divulgação

 

Técnicos do CREA-ES orientaram no relatório sobre a vistoria que é necessária a contratação de profissionais habilitados para executar o trabalho de descupinização da estrutura, dos imóveis do entorno, inclusive na área verde existente nas proximidades do templo.

Além disso, foi recomendado que a igreja acione os órgãos responsáveis como Defesa Civil Estadual, Secretaria de Estado da Cultura, IPHAM e a Diocese de Cachoeiro de Itapemirim sobre a gravidade dos problemas e que a reforma seja feita com muita cautela, visto que “a edificação possui nível de proteção e conservação rigorosa no que se refere a preservação dos valores que ultrapassam aos valores materiais, dada a sua importância e ao seu significado histórico, artístico e cultural”.

Foto: Reprodução / Miniube

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