A Polícia Civil do Espírito Santo concluiu o inquérito que investigava o assassinato do empresário Ibraim Cassaro, de 43 anos, e a tentativa de homicídio contra o irmão dele. O crime ocorreu em 22 de fevereiro de 2024, no bairro Novo Horizonte, em Colatina.
As investigações, que fazem parte da Operação Constantinopla, resultaram na prisão de dois suspeitos de participação no crime: Édipo Ferreira de Moraes, conhecido como “Gordinho”, de 37 anos, e Carlos Henrique Keller, de 33 anos. Ambos foram localizados no estado do Amazonas após mais de um ano de diligências.
Segundo a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Colatina, a ação foi cuidadosamente planejada, configurando uma emboscada e sendo caracterizada como crime de mando. Três veículos foram utilizados pelos criminosos: um Chevrolet Cruze branco, roubado meses antes e incendiado após a execução para eliminar provas; um Fiat Siena marrom, que atuou como veículo de apoio e “batedor”; e um Ford Ka, utilizado na fuga em direção à região Norte do país.
A investigação também revelou que o crime teve motivação ligada a desentendimentos comerciais envolvendo o ramo da comercialização de café, no qual as vítimas atuavam.
“Destaco o árduo e minucioso trabalho técnico da equipe de investigação, que incluiu análises de dados de geolocalização, quebras de sigilo telemático, análise de mais de 40 registros de sistemas de videomonitoramento e inúmeros depoimentos de testemunhas e outros envolvidos”, afirmou o delegado Deverly Pereira Júnior, titular da DHPP de Colatina.
Prisões
Um dos presos, de 37 anos, foi identificado como o principal articulador da execução e utilizava identidade falsa. Ele e o comparsa fugiram para os estados de Rondônia e Amazonas logo após o crime. Ambos foram localizados na zona rural de Canutama, no estado do Amazonas, onde foram capturados no dia 17 de julho, em uma ação conjunta com a Polícia Federal.
Durante a prisão, o suspeito de 37 anos foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e munição, uso de documento falso e crime ambiental relacionado à caça de animais silvestres.
Os dois investigados foram indiciados por homicídio qualificado consumado e tentativa de homicídio qualificado, e permanecem detidos no presídio Urso Branco, em Porto Velho, no estado de Rondônia.
A Polícia Civil também instaurou um segundo inquérito para aprofundar as investigações e identificar os mandantes do crime. “Essa investigação segue em estado avançado e novos desdobramentos do caso podem ocorrer dentro de pouco tempo”, concluiu o delegado Deverly Pereira Júnior.
