O Arcebispo Metropolitano de Vitória, Dom Ângelo Mezzari, e o Bispo Auxiliar, Dom Andherson Franklin, estão em Roma para a cerimônia de entrega do pálio, marcada para o próximo sábado, dia 29 de junho. A cerimônia acontecerá durante a Solenidade de São Pedro e São Paulo, uma das principais datas do calendário litúrgico da Igreja, presidida pelo Papa no Vaticano.
O pálio é uma faixa de lã branca que simboliza a união dos arcebispos com o Papa e a responsabilidade de conduzir pastoralmente suas regiões. O gesto marca oficialmente o início do ministério do arcebispo como líder de uma província eclesiástica. A entrega costuma ser realizada anualmente nessa data e reúne arcebispos de várias partes do mundo.

Durante a estadia na capital italiana, os dois representantes da Arquidiocese de Vitória também participam de eventos ligados ao Jubileu de 2025, promovido pela Igreja Católica. Eles estiveram presentes, por exemplo, no Jubileu dos Seminaristas, iniciado nesta segunda-feira (23), e participarão de programações voltadas a presbíteros e bispos nos próximos dias.
Na manhã do mesmo dia, Dom Ângelo celebrou uma missa na Capela da Comunidade da Cúria Geral dos Rogacionistas, onde está hospedado. O local tem significado pessoal para o arcebispo, que viveu e trabalhou ali entre 2010 e 2016. A celebração contou com a presença de Dom Andherson.
Mais tarde, a dupla visitou os padres capixabas Ruan e Tarcio, que estão em formação acadêmica no Pontifício Colégio Pio Brasileiro, também em Roma. Para os religiosos, o encontro foi um momento de proximidade com a realidade da Arquidiocese de Vitória, mesmo a quilômetros de distância.
“Foi um momento de conversa, troca de experiências e atualização sobre os caminhos da nossa arquidiocese. Ouvir diretamente dos nossos bispos nos trouxe um sentimento de conexão com o trabalho que está sendo feito no Espírito Santo”, contou o padre Ruan.

História
Originalmente o pálio era o manto usado pelos filósofos e na arte paleocristã, eram pintados neste “manto” Jesus e os apóstolos . Esta prática foi posteriormente adotada também pela Igreja Cristã, com um uso semelhante ao do omoforion (uma tira de pano), muito mais larga que o pálio, atualmente usada pelos bispos ortodoxos e pelos bispos católicos orientais de rito bizantino.
O pálio era originalmente uma única tira de pano enrolada nos ombros e caída no peito na altura do ombro esquerdo; nos primeiros séculos do cristianismo foi trazido por todos os bispos.
Segundo o Vaticano, é possível ver o manto nas iconografias que representam os primeiros bispos e santos, como Santo Ambrósio, Santo Atanásio, São João Crisóstomo, Santo Inácio de Antioquia, São Hilário e outros.
O primeiro caso conhecido de imposição do pálio a um bispo remonta a 513, quando o Papa Simmaco concedeu o pálio a São Cesário, bispo de Arles.
A partir do século IX reduziu-se ao formato atual de “Y”, com as duas extremidades descendo abaixo do pescoço até o meio do peito e nas costas e se tornando a marca registrada dos arcebispos metropolitanos que o obtiveram pelo papa. O Papa João Paulo II, por ocasião da noite de Natal de 1999, abertura do Jubileu de 2000, usava um omoforion com cruzes vermelhas.
* Com informações do Vatican News





