Após eleição, PP e União Brasil querem criar “superbancada” no Congresso

Surgiu uma reconfiguração do Congresso Nacional encerrada a apuração dos votos. Alguns partidos se mobilizaram para formar “superbancadas”, capazes de influenciar fortemente as futuras votações no parlamento.

É este o caso da fusão dos partidos Progressistas e União Brasil, um desejo de ambas as partes há muito tempo em formar uma bancada maior no Congresso que contasse com mais de 100 membros.

O próprio União Brasil nasceu da fusão entre o PSL e o DEM, sendo que na época cogitava-se ainda incluir o Progressistas, mas por falta de organização a ideia caiu em águas de bacalhau. Agora, o partido de Ciro Nogueira pretende se juntar ao grupo político, formando a maior bancada de parlamentares a partir de 2023.

O Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) confirmou, por sua assessoria de imprensa, a intenção de promover a fusão com o União Brasil, havendo se reunido, como divulgou o blog de Andréia Sadi, com o vice-presidente do União, Antônio Rueda, para tratar do tema.

O PP, depois da eleição de domingo, ficou com 47 cadeiras na Câmara e o União Brasil com 59, no total 106 cadeiras superando o PL que possui 99 cadeiras. No Senado, o União Brasil ficou com 12 cadeiras, e o PP ficou com 7, totalizando, em caso de fusão uma bancada de 19 senadores, mais que o PL que tem 13.

Todo o movimento se justifica porque quanto maior a representação parlamentar do partido maior a força política da legenda, e maior a cota de distribuição do fundo partidário que financia os partidos e os custos das eleições, além de influenciar diretamente nas candidaturas para as Presidências das duas casas do Congresso Nacional.