Anvisa pode liberar vacinação contra Covid para crianças de 3 e 4 anos nesta quarta

Por Rodrigo Gonçalves

A Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) deve anunciar liberação da aplicação da Coronavac em crianças de 3 e 4 anos na quarta-feira (13). A informação foi divulgada pelo secretário da Secretária estadual de Saúde (Sesa), Nésio Fernandes, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (12).

Ainda de acordo com Fernandes, essa faixa etária já tem impacto significativo nas internações e casos da Covid-19 em comparações a outras idades no Estado. Segundo dados da Sesa, foram 2.096 casos de contaminações entre 0 a 4 anos na onda atual, e elas estão em terceiro lugar no quadro de idades mais afetadas nas necessidade de leitos para tratamento da Covid-19: “elas ficam somente atrás dos idosos e pessoas entre 18 a 59 anos”, pontuou o secretário.

“Repetimos com convicção que não existe idade segura para contrair o vírus, não existe para nenhuma idade com possibilidade preferencial de saúde publica. Qualquer gestor com responsabilidade com a vida tem a ideia que qualquer público etário mereça o rico da infecção e não necessite de imunização”, afirmou o chefe da pasta.

Uma das bases para aprovação da Coronavac foi o resultado do projeto capixaba Curumin, que apontou que crianças de 3 e 4 anos produziam anti corpos ao receberem o líquido vacinal contra o novo coronavírus. A pesquisa  estudou a eficácia da proteção e segurança da vacina inativada em pessoas entre 3 a 17 anos, e foi realizada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), Instituto Butantan e Fiocruz.

Todo o material produzido foi sistematizado e apresentados a Anvisa, para compor o rol de informações e dados para auxiliar na decisão de autorização das crianças de 3 e anos anos se vacinarem, de acordo com Fernandes.

“Será importante e fundamental q ao iniciar a vacinação entre 3 e 4 anos exista vacinas disponíveis pelo MS para vacinar a população pediátrica e que retomemos a capacidade de convencer e mobilizar pais, mães e responsáveis da importância da imunização nessa faixa etária. Os extremos de idade: inicio da infância e população idosa são geralmente representam as mais afetada”, contou o secretário.

MENORES DE 3 ANOS EM 2023

Em 2023, o projeto Curumim irá se voltar a entender o imunogenicidade em crianças com menos de 3 anos. “Reconhecemos e parabenizamos os cientistas e pesquisadores. Devemos ter ao longo do próximos ano um avanço no estudo para as idades inferiores. A vacina é importante, a população tem precisa se mobilizar”, disse Nésio.

O fim da quinta onda é esperada pela Sesa para acontecer no final de julho, mas segundo a pasta, não se pode considerar o fim da pandemia. As avaliações da Secretaria estimam ainda 100 mortes pela doença ao longo do sétimo mês do ano.

“Temos um quadro de 57% de idosos em leitos para tratamento da Covid-19, e 32% de não idosos, ou seja, não há idade segura para ter a doença. Muito menos dizer que o momento  pandêmico terminou”, falou o chefe do órgão de saúde.

219 DIAS 

Uma análise da Sesa apontou uma média de distância entre o falecimento pela doença e a última dose aplicada de 219 dias. Para Luiz Carlos Reblin, subsecretário da pasta, esse cenário demonstra que apesar de existirem mortes de pessoas com esquema atualizado, as sem atualização da vacinação são com maior registro de óbito.

A nova onda iniciou em abril, e desde então a Sesa informou terem 1000 internações na rede publica desde então. “Na última semana de maio atualizamos a oferta de leitos, na nova estratégia determinamos 100 leitos de UTI e enfermaria para pacientes pré hospitalares com indicações de internação para covid. Ela se mostrou acertada no mês do junho e inicio de julho, pois deu pela garantia de acesso a ele”, explicou Reblin.

 

 

 

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