Na noite de terça-feira (8), um advogado de 37 anos foi detido pela Guarda Civil Municipal de Vitória após se envolver em um acidente de trânsito no bairro Horto. O incidente, que aconteceu na Avenida Vitória, deixou o veículo do advogado danificado e um poste semafórico destruído.
Apesar de se recusar a realizar o teste do bafômetro, o homem foi levado para a delegacia pois os agentes entenderam que ele tinha sinais claros de embriaguez.
Segundo a Guarda Municipal, a equipe foi acionada pelo Ciodes-190 e quando chegou no local encontrou o advogado e uma passageira, ambos com ferimentos leves, mas que se recusaram a receber atendimento médico de urgência.
Mesmo sem a realização do teste do bafômetro, o advogado apresentou sintomas típicos de embriaguez, como forte odor de álcool, olhos vermelhos e vestes desordenadas.
“O condutor se recusou a realizar o teste do etilômetro, mas, com base nos sinais de embriaguez, ele foi conduzido à delegacia”, relatou o inspetor Gonçalves, da Equipe da Madrugada da Guarda de Vitória. Além da recusa ao teste do bafômetro, o advogado também se negou a entregar os documentos de porte obrigatório.
A Polícia Civil informou que o advogado foi autuado em flagrante por desobedecer a ordem legal de funcionário público e por conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência. Ele foi liberado para responder em liberdade, após o recolhimento da fiança arbitrada pela autoridade policial da Central de Teleflagrante.
Imprudência
O caso, que não resultou em feridos graves ou mortes, destaca o perigo do consumo de álcool antes de dirigir, um fator que pode ter consequências fatais no trânsito. Marcelo Paraguassu, gerente de Operações e Fiscalizações de Trânsito da Guarda de Vitória, alerta para os riscos envolvidos.
“A ingestão de álcool afeta diretamente a capacidade de reação, equilíbrio e julgamento do motorista, aumentando significativamente a chance de envolvimento em acidentes graves. Cada vez que alguém decide dirigir sob efeito de álcool, coloca não só a própria vida, mas também a de outros motoristas e pedestres em risco”, afirmou.
Em 2025, até o momento, 243 condutores foram retirados das vias pela Guarda de Vitória com suspeita de embriaguez. Destes, 236 se recusaram a realizar o teste do bafômetro e sete tiveram a alcoolemia confirmada.
Paraguassu também fez um alerta sobre a recusa do teste do bafômetro, que, apesar de ser um direito do condutor, não exclui a aplicação de penalidades. “Quem se recusa a realizar o teste do bafômetro é multado no valor de R$ 2.934,70 e tem o direito de dirigir suspenso por 12 meses. Mesmo sem o teste, se o motorista apresentar sinais claros de embriaguez, ele pode ser multado e até detido por embriaguez ao volante”, destacou.