A advogada Michaella Zukowski, que teve um afundamento do crânio ao ser atingida por um paralelepípedo enquanto passava de carro pela Rodovia do Sol, em Vila Velha, há um ano, revelou que está cega de um dos olhos.
O diagnóstico veio após a jovem, de 26 anos, passar por uma bateria de exames nos Estados Unidos. A viagem foi custeada por uma ‘vaquinha’ feita nas redes sociais para ajudar a advogada a bancar o tratamento no exterior.
Em um vídeo divulgado nesta semana, Michaella conta que retornou ao Brasil há cerca de um mês e desde então vem tentando retomar a rotina.
Segundo ela, a demora no tratamento acabou agravando sua situação e por isso, ela perdeu a visão do olho esquerdo.
“Os médicos falaram que o edema estagnou e criou uma pele em cima, e devido essa pele, a gente não consegue fazer mais injeções no momento. Eu vou ter quer ficar fazendo o acompanhamento a cada seis meses pra ver a evolução visto que esse ano ele tinha dobrado de tamanho”, relata.
A advogada relata ainda que o plano de saúde dela não autorizou o procedimento no Brasil e, mesmo recorrendo a Justiça, ela ainda não conseguiu respostas.
Assista:
Em nota, a Unimed Vitória informou que o procedimento não foi autorizado, “pois a indicação feita para o uso da medicação pela paciente não se enquadra na DUT – Diretriz de Utilização, que trata dos critérios estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde (ANS). A cooperativa reafirma seu compromisso em seguir todas as normas para garantir um atendimento justo e de qualidade a seus clientes”.
Reconstrução facial com placas de titânio
Desde o dia do ocorrido, Michaella passou por cinco cirurgias e diversos procedimentos, incluindo uma cirurgia de reconstrução facial com instalação de placas de titânio.
Na época, a advogada compartilhou imagens impressionantes da tomografia que mostraram como ficou o crânio dela logo depois de ser atingida pela pedra.
Suspeito de atirar pedra foi preso
A advogada estava em um carro acompanhada pelo pai e pelo irmão, no dia 8 de julho de 2023, passando pela Rodovia do Sol, em Vila Velha, quando um homem, surgiu nas margens da pista e jogou um paralelepípedo no veículo, atingindo em cheio a cabeça da jovem.
A família estava saindo de Guarapari para o Aeroporto de Vitória, onde pegariam um voo. Após o ataque, a jovem foi levada imediatamente para um hospital.
Dois dias após o fato, o homem suspeito de atirar a pedra contra a jovem foi preso.
Na época, a polícia explicou que o suspeito é dependente químico e estava em situação de rua.
O delegado responsável pelas investigações disse ainda que, após ser detido, o homem teve a prisão preventiva decretada pela Segunda Vara Criminal de Vila Velha, por destruir a tornozeleira eletrônica que usava. O uso do equipamento foi determinado pela Justiça, em consequência de ações penais que ele responde por crimes como de trânsito, estupro, desacato, roubo e porte ilegal de arma de fogo.
