Adolescentes dos Projovens concorrem a prêmios e driblam ansiedade em festival

Foto: Divulgação/Semas

Criado para incentivar a produção cultural capixaba entre adolescentes sobre a realidade social, psicológica, política e econômica durante a pandemia do coronavírus, o Festival Fica em Casa ES (Festival Autoral Pandêmico) selecionou raps e poesias de 17 jovens dos coletivos do Projovem de São Pedro I, São Pedro II, Conquista e Maruípe.

Eles criaram suas composições, com mediação dos educadores sociais do Projovem, gravando os vídeos e suas interpretações. O festival está dividido em duas categorias: música e poesia. Serão escolhidas duas obras inéditas por categoria, e cada finalista receberá o prêmio de R$ 1.000.

Os vencedores se apresentarão em lives no Instagram do evento. Um júri irá divulgar os 24 vídeos selecionados no dia 27 de junho. Eles receberão votos dos seguidores e, juntamente com as notas dadas pelos jurados, terão a nota final para a definição dos vencedores.

A votação do público acontecerá de 27 a 30 de junho. Os campeões serão conhecidos no dia 1º de julho, às 11 horas.

Oportunidade

“Com o festival, eu me vi na oportunidade de sair do tédio e me interessei pelo rap. Falo da minha realidade, que mais parece uma fantasia. Esse projeto foi uma das soluções para eu vencer um início de depressão”, disse Jamily Cardoso dos Santos (Bonfim), 17 anos.

“Fiquei feliz ao saber que estava na segunda fase, pois nem pensava em participar. Mas pensei, por que não? Seria uma coisa para não ficar entediada nesta quarentena”, comentou Leidimara Pereira (Resistência), 17.

“Esse projeto me trouxe autoconhecimento porque não sabia que poderia escrever a poesia e me trouxe algo produtivo para fazer. Consegui liberar o sentimento de tristeza por não poder sair e por ter perdido vários conhecidos pela Covid-19”, afirmou Pâmella Silva Firmino (São Pedro), 16.

Vencedores

“Muitos adolescentes escreveram seu primeiro poema, e isso ajudou a distrair a crise de ansiedade de alguns. Na gravação do audiovisual, superaram a timidez e ficaram extremamente felizes pela inscrição aprovada no festival. Independente do resultado, hoje podemos afirmar que confiam mais em si e arriscarão mais vezes em outras intervenções artísticas. Já são vencedores!”, declarou o educador social do Projovem de Maruípe, Kleber Marins.

“Posso dizer com propriedade que, a cada passo que damos nesse festival, percebemos um avanço grandioso no processo educativo com a juventude. Temos acompanhado o crescimento deles e, de fato, o Festival Pandêmico tem contribuído de forma impactante para a potencialização desses jovens talentos”, disse o educador social do Projovem de São Pedro II e Conquista, Thiago Gomes.

“Sinto-me honrada em fazer parte desse projeto, promover debates, leituras e conversas de um tema tão atual como a pandemia. Isso fez com que, por alguns momentos, esquecêssemos que estamos dentro dela. A arte nos possibilitou tratarmos com leveza um assunto extremamente sério, e fazer isto com essa juventude potente me deixa imensamente feliz. Como diz Gandhi: ‘O sucesso não está apenas na conquista, mas em todo o percurso'”, ponderou a educadora social do Projovem de São Pedro, Karine Juvêncio.