Acidente de avião no Pantanal: veja as vítimas da queda

A aeronave caiu por volta das 18h30, na região da Fazenda Barra Mansa, uma área turística do Pantanal a aproximadamente 110 km de distância do município de Aquidauana (MS).

Por Redação

O chinês Kongjian Yu, considerado um dos maiores arquitetos do mundo e criador do conceito de “cidades-esponja”, morreu nesta terça-feira (23) em um acidente de avião no Pantanal do Mato Grosso do Sul. Além de Yu, morreram no acidente:

  • o documentarista Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz;
  • o diretor de fotografia Rubens Crispim Jr.;
  • o piloto Marcelo Pereira de Barros.

A aeronave caiu por volta das 18h30, na região da Fazenda Barra Mansa, uma área turística do Pantanal a aproximadamente 110 km de distância do município de Aquidauana (MS).

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado por volta de 20h10 para atender a ocorrência e, chegando ao local, os militares encontraram as quatro vítimas já mortas.

Ainda segundo a corporação, o acidente aconteceu no momento em que o avião realizaria o pouso. As causas da queda serão investigadas.

Kongjian Yu

Kongjian Yu tinha 62 anos | Reprodução
Kongjian Yu tinha 62 anos | Reprodução

O arquiteto e urbanista chinês Kongjian Yu, de 62 anos, é um dos principais nomes mundiais quando o assunto é planejamento urbano sustentável. Formado pela Universidade Florestal de Pequim e pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, Yu ganhou reconhecimento internacional ao desenvolver o conceito de “cidades-esponja”, modelo que propõe transformar os espaços urbanos em sistemas capazes de absorver, armazenar e reutilizar a água da chuva.

O termo surge como resposta ao impacto da urbanização acelerada e das mudanças climáticas, que aumentam a frequência de enchentes em grandes cidades. A ideia é que ruas, praças, telhados e áreas públicas incorporem soluções de drenagem natural – como jardins alagáveis, pavimentos permeáveis, wetlands e parques inundáveis – que funcionam como uma esponja, absorvendo o excesso de água durante tempestades e liberando-a de forma controlada depois.

A proposta, já aplicada em dezenas de cidades na China e estudada em outros países, busca reduzir enchentes, melhorar a qualidade da água, combater ilhas de calor e criar espaços urbanos mais verdes e habitáveis. Para Yu, as cidades precisam reaprender a conviver com a água, em vez de tentar eliminá-la por meio de canais e concreto.

Chamado de “pai das cidades-esponja”, Kongjian Yu já recebeu prêmios internacionais de arquitetura e sustentabilidade e segue defendendo que a infraestrutura urbana do futuro deve se inspirar nos processos da natureza.

Professor da Universidade de Pequim, Yu estava no Brasil desde o início de setembro, quando participou de uma conferência internacional. Na última quinta-feira (18), esteve na abertura da 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, realizada no Parque Ibirapuera.

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR) lamentou a morte do chinês. “Sua obra deixa um legado de compromisso com a sustentabilidade, a paisagem e a vida urbana. O CAU/BR se solidariza com a família, amigos e colegas do arquiteto”, disse a presidente do conselho, Patrícia Sarquis Herden.

Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz

Luiz Ferraz | Reprodução
Luiz Ferraz | Reprodução

Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz era diretor especializado em projetos de documentário e não-ficção. Seu trabalho “Dossiê Chapecó: O Jogo por Trás da Tragédia”, sobre o acidente de avião com a equipe da Chapecoense, em 2016, foi indicado ao Emmy Internacional, considerado o Oscar da TV.

Sócio da Olé Produções, ele colaborou com várias produções de relevância, como a série “Tesouros do Tapajós” e o documentário “Miller & Fried – As Origens do País do Futebol”. Dirigiu ainda a série “To Win or To Win”, sobre o Al Nassr FC, para a MBC/Shahid, maior grupo de mídia árabe.

Rubens Crispim Jr.

Rubens Crispim Jr. | Reprodução
Rubens Crispim Jr. | Reprodução

Rubens Crispim Jr. era diretor, roteirista, fotógrafo e produtor audiovisual. Nascido em São Paulo e formado em Artes Plásticas pela Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA-USP), tinha mais de 20 anos de carreira no audiovisual, transitando entre cinema, televisão e fotografia. Fundou a produtora Poseidos.

Em 2006, venceu o reality show “Projeto 48”, do canal TNT, com o curta “Os 400 Golpes”, exibido em toda a América Latina. Três anos depois, levou o curta-metragem “O que escolhemos…” ao Short Film Corner do Festival de Cannes (2009), um dos eventos mais prestigiados do cinema mundial.

Dirigiu, fotografou e produziu o filme “Segue o Baile Bixiga 70”, que integrou festivais como o IN-Edit Brasil 2019 e o Mimo Festival. Seu último trabalho como diretor foi o documentário “O Bixiga é Nosso!”.

Marcelo Pereira de Barros

Marcelo Pereira de Barros | Reprodução
Marcelo Pereira de Barros | Reprodução

Marcelo Pereira de Barros era proprietário e piloto da aeronave que caiu em Aquidauana (MS).

* Com informações no SBT NOTÍCIAS

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