O número de pacientes internados por suspeita de infecção relacionada ao surto no Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória, caiu pela metade nesta sexta-feira (31). Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 14 pessoas seguem internadas — duas em unidades de terapia intensiva (UTI) e 12 em enfermarias.
Atualização das internações
De acordo com o boletim mais recente da Sesa, cinco pacientes internados em Vitória receberam alta médica, e dois casos foram transferidos da UTI para a enfermaria — um na Serra e outro em Cariacica. Além disso, um caso registrado inicialmente na Serra foi descartado por não atender aos critérios da definição de caso suspeito, já que o paciente não chegou a ser internado pelo setor responsável do hospital.
Os casos suspeitos estão distribuídos por seis municípios: Vitória (5), Serra (4), Cariacica (2), Colatina (1), Guarapari (1) e Linhares (1).
Exames descartam presença de vírus
Os exames realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES) descartaram a presença da covid-19 e de qualquer nova cepa do coronavírus nas amostras coletadas. Até o momento, nenhum vírus foi identificado como causa do quadro que afetou pacientes e trabalhadores do hospital.
“O surto ficou restrito a pessoas que estiveram em ambientes de internação do hospital, o que reforça que não há risco de disseminação na comunidade”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Tyago Hoffmann.
Sem evidência de transmissão entre pessoas
A Sesa reforçou que as investigações conduzidas pela equipe técnica não confirmaram transmissão direta entre indivíduos. “A Secretaria segue monitorando a situação e adotando todas as medidas necessárias para garantir a segurança de pacientes, profissionais e da população”, completou Hoffmann.
Quem é considerado caso suspeito
Segundo a Nota Técnica Conjunta nº 02 SESA/SSVS/GEVS, são classificados como casos suspeitos as pessoas que passaram por setores de internação do Hospital Santa Rita a partir de 20 de setembro — incluindo pacientes, acompanhantes, visitantes ou trabalhadores — e que apresentem febre acompanhada de pelo menos dois sintomas entre dor muscular, dor de cabeça ou tosse.
Sintomas como dor de garganta, coriza e perda de olfato ou paladar, por si só, não caracterizam caso suspeito. Também entram na definição pessoas com febre e alteração radiológica pulmonar associada a um dos sintomas anteriores.
Situação é classificada como surto
A Sesa esclareceu que o caso é considerado um surto hospitalar, e não uma pandemia. O subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, explicou que a diferença está na abrangência: uma pandemia afeta vários países ou continentes, enquanto um surto é restrito a uma área ou instituição.
“O caso do Hospital Santa Rita é um surto localizado, e até o momento não há evidências de transmissão de pessoa a pessoa nem sinais de disseminação”, reforçou Cardoso.
Vigilância permanece ativa
O monitoramento permanece em andamento. A Sesa informou que manterá a vigilância ativa até a conclusão das análises, com o objetivo de garantir a segurança de pacientes e trabalhadores e responder rapidamente a qualquer nova ocorrência.
“Nosso compromisso é garantir a segurança e a saúde de todos, oferecendo o apoio necessário para superar este desafio”, afirmou o secretário Tyago Hoffmann.





