A Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa) iniciou uma investigação para apurar uma intoxicação entre funcionários dentro do Hospital Santa Rita, em Vitória. Segundo informações iniciais, colaboradores da unidade apresentaram quadros de infecção, cuja origem ainda é desconhecida.
Em nota oficial enviada à imprensa, nesta sexta-feira (24), o hospital confirmou que 14 colaboradores foram internados, sendo dois em UTI. “Atualmente, há seis internados em enfermaria e apenas um em UTI, todos em evolução clínica favorável”.
O hospital também disse que reforçou os protocolos assistenciais e de vigilância, mantendo todas as ações de segurança e atuando em cooperação com os órgãos de saúde.
“Importante destacar que nenhum paciente internado apresentou sintomas semelhantes, o que levou à hipótese inicial de uma possível causa ambiental, atualmente sob investigação detalhada”, pontuou.
“O monitoramento pós-alta está sendo realizado pela equipe de Medicina do Trabalho, que acompanha de perto a recuperação dos colaboradores. Expressamos solidariedade e apoio a todos, reafirmando o compromisso permanente com a qualidade, a segurança e a transparência institucional”, finalizou a administração do Santa Rita.
INVESTIGAÇÃO
A Secretaria de Saúde afirmou que foi notificada sobre o caso e que, até o momento, “não há evidências de transmissão interpessoal nem registro de novos casos com início recente de sintomas, o que indica que o evento está restrito ao ambiente e grupo inicialmente afetado.”
Em conversa com a reportagem da TV SIM/SBT, a presidente do Sindienfermeiros, Valeska Fernandes, disse que, por enquanto, as informações não estão claras sobre a origem da infecção. “Não se sabe quantos estão doentes nem se é vírus, bactéria ou fungo. Os casos já estão acontecendo há duas semanas”, relatou.
A Sesa reforçou que “a unidade hospitalar está prestando assistência aos envolvidos que estão recebendo acompanhamento, bem como adotando medidas corretivas e preventivas para evitar a ocorrência de novos casos.”
Ainda de acordo com a nota, “a investigação da equipe de Vigilância em Saúde da Sesa segue em andamento, com coleta de informações, análise de amostras e avaliação das condições ambientais para esclarecimento das causas do episódio e garantia da segurança dos envolvidos.”
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) informou que acompanha o caso com preocupação e manifesta confiança de que a Direção da unidade e a Vigilância Sanitária farão todos os esforços para identificar a origem do problema e adotar as medidas necessárias.
“O CRM-ES encaminhará ofício à Direção Técnica do Hospital solicitando explicações formais sobre os fatos noticiados e sobre as providências que estão sendo adotadas para a resolução do ocorrido, além de estudar as medidas cabíveis que podem ser adotadas de acordo com a sua competência legal.
Até que se esclareça o caso, o Conselho recomenda que os profissionais de saúde daquela e de unidades próximas utilizem máscara cirúrgica nos locais de trabalho”, diz a nota.
Funcionamento do Hospital
A administração do hospital alega que todos os atendimentos e serviços seguem em funcionamento normal. “O Hospital, com seu compromisso com a transparência e à saúde pública, manterá a sociedade atualizada”, disse.
