Criança morre após idas a unidades de saúde na Serra

A família, abalada, pede justiça e esclarecimentos sobre a sequência de atendimentos que terminou em tragédia

Por ES360
Ashiley Nascimento. Foto: Reprodução/Instagram

A menina Ashiley Nascimento, de 9 anos, morreu depois de passar por duas unidades de saúde na Serra — a UPA de Castelândia e o Hospital Materno Infantil de Laranjeiras. A família acusa os profissionais de negligência médica, alegando que o diagnóstico de apendicite foi descartado duas vezes. Quando a gravidade foi finalmente percebida, já era tarde demais.

“Diziam que era apenas gastroenterite”

Na madrugada de domingo (19), Ashiley começou a sentir fortes dores abdominais. A mãe a levou até a UPA de Castelândia, onde um exame de sangue indicou infecção no organismo. Mesmo assim, a criança foi medicada e liberada para casa.

No dia seguinte, sem melhora, a família buscou novamente atendimento. Segundo relato dos parentes, a mãe chegou a alertar os médicos sobre a possibilidade de apendicite, já que a menina apresentava sintomas semelhantes aos de um quadro anterior.

O diagnóstico, porém, foi novamente descartado, e os médicos afirmaram que se tratava de gastroenterite.

Parada cardíaca e transferência

Na terça-feira (21), o quadro de Ashiley se agravou. A menina sofreu uma parada cardíaca enquanto estava na UPA de Castelândia. Ela chegou a ser transferida para o Hospital Materno Infantil, mas não resistiu. A suspeita é de que o apêndice já havia se rompido, provocando infecção generalizada.

Escola suspende aulas em luto

A morte da estudante comoveu toda a comunidade escolar. Na escola onde Ashiley estudava, as aulas foram suspensas. Uma faixa preta foi colocada na entrada da instituição em sinal de luto e solidariedade aos familiares.

Ashiley havia completado 9 anos no mês passado. A família, abalada, pede justiça e esclarecimentos sobre a sequência de atendimentos que terminou em tragédia.

Secretaria de Saúde vai apurar o caso

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde da Serra (Sesa) informou que notificou as organizações sociais responsáveis pelas unidades para apurar as circunstâncias do atendimento.

O órgão também abriu investigação interna e vai analisar prontuários e depoimentos das equipes médicas envolvidas antes de adotar as medidas cabíveis.

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