Operação combate agiotagem e extorsão na Grande Vitória

Polícia Civil apreendeu joias, dinheiro e armas durante operação contra agiotagem nas cidades da Serra e Vitória

Por Redação
Foto: Divulgação/PCES

A Polícia Civil realizou, na manhã desta quarta-feira (2), a Operação Usura, com o objetivo de combater crimes de agiotagem e extorsão nos municípios da Serra e Vitória. A ação foi conduzida pelos 12º e 13º Distritos Policiais da Serra, com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos bairros Ourimar, na Serra, e Jardim Camburi, em Vitória. Durante as diligências, foram apreendidos dinheiro em espécie, joias, documentos, notas promissórias e armas de fogo, além de procurações para venda de imóveis supostamente obtidas de forma ilegal.

O principal alvo da operação é um comerciante de 42 anos, morador do bairro Ourimar, suspeito de atuar como agiota. Na casa dele, a polícia encontrou:

  • Joias;
  • Uma pistola 9mm com munições;
  • Notas promissórias preenchidas, que somam R$ 51 mil;
  • R$ 23 mil em dinheiro vivo;
  • Cheques de terceiros no valor total de R$ 480 mil;
  • Dois celulares, um notebook;
  • Duas procurações transferindo propriedades para o suspeito e sua esposa.

 

O segundo mandado foi cumprido em Jardim Camburi, na residência de um homem de 44 anos, apontado como o cobrador do esquema. Ele não foi encontrado no local. Segundo a ex-esposa, eles estão separados há cerca de quatro meses e ele teria se mudado para outro bairro. De acordo com as investigações, o homem se apresentava como policial e costumava portar arma de fogo.

Foto: Divulgação/PCES

O delegado Josafá Silva, responsável pelo caso, afirmou que as cobranças continuavam mesmo após a quitação das dívidas.

“Uma das vítimas que procurou a polícia para fazer a denúncia relatou que foi obrigada a assinar uma confissão de dívida superior a R$500 mil e a passar um lote avaliado em R$250 mil para o agiota. Mesmo com a quitação, a cobrança continuava. O agiota e o cobrador foram até o local de trabalho e a residência da vítima para fazer ameaças”, explicou o delegado.

A Justiça determinou a aplicação de medidas cautelares aos investigados, em substituição aos pedidos de prisão preventiva. Entre as determinações, está o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de qualquer forma de contato com a vítima e seus familiares, bem como a imposição de uma distância mínima de 500 metros desses mesmos indivíduos.

Todo o material apreendido será analisado para verificar a vinculação direta com os crimes de agiotagem e extorsão.

Veja também

Privacidade

Para melhorar a sua navegação, nós utilizamos Cookies e tecnologias semelhantes.
Ao continuar navegando, você concorda com tais condições.