O inquérito que investiga o assassinato do empresário Wallace Lovato, de 42 anos, está sob sigilo absoluto conforme decisão da Justiça, na tarde desta quarta-feira (25). Ao decretar o sigilo do caso, a juíza Paula Cheim, da Quarta Vara Criminal de Vila Velha, afirma que a decisão foi tomada para preservar o andamento das investigações policiais sobre o caso. Wallace foi executado com um tiro num dos endereços mais movimentados de Vila Velha, no bairro da Praia da Costa, quando saía de sua empresa e se preparava para entrar no carro.
Desde o dia do assassinato, três pessoas já foram presas por ter relação com o caso. O último suspeito a ser detido se entregou à polícia em Vila Velha nesta última segunda-feira (23). Os outros dois tiveram prisões em Minas Gerais e na Paraíba.
Ainda nesta semana, novas imagens de câmeras de segurança foram relevadas e mostram o ângulo do assassinato do empresário. No vídeo abaixo, Wallace Lovato caminha em direção ao seu carro, uma BMW, enquanto fala ao telefone. Ele abre as portas dianteira e traseira do veículo e coloca uma mochila no banco de trás. No instante em que se prepara para entrar no carro, um Fiat Pulse cinza se aproxima e emparelha ao lado do veículo do empresário. Do banco traseiro do carro, um criminoso realiza um disparo, que atinge a nuca de Wallace.
O empresário cai ao lado do carro, enquanto os autores do crime fogem. Wallace ainda foi socorrido por amigos, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
Prisões
Até o momento, a Polícia Civil prendeu três suspeitos de envolvimento no crime:
Arthur Laudevino Candeas Luppi, de 22 anos, foi o primeiro a ser detido, no dia 17 de junho, em Governador Valadaresm Minas Gerais. Ele seria o motorista do veículo utilizado na ação criminosa.
Arthur Neves de Barros, de 35 anos, foi preso no dia 19, em Sumé, na Paraíba, quando saía de casa. Ele é apontado como o autor do disparo que matou o empresário.
Eferson Ferreira Alves se apresentou voluntariamente na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, na segunda-feira (23). Ele é suspeito de ter atuado como intermediário entre os mandantes e o executor do crime.
Crime de mando
Logo após o crime, o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Leonardo Damasceno, afirmou que o assassinato foi uma execução premeditada. “O que a gente pode dizer é que foi uma execução. Obviamente foi um crime planejado, organizado, e temos um mandante com toda a certeza do crime e com uma motivação”, declarou.
As investigações revelaram que o Fiat Pulse utilizado pelos criminosos era um veículo clonado. Ele foi encontrado abandonado dois dias após o crime, nas proximidades da Terceira Ponte, em Vila Velha. Segundo a perícia da Polícia Científica, o carro original havia sido roubado fora do estado.
A Polícia Civil continua apurando a motivação do crime e busca identificar os mandantes da execução.