Morte de bebê no ES: polícia não vê crime de mãe e padrasto

Segundo as investigações, as lesões no corpo da menina podem ter sido causadas por manobras de massagem cardiorrespiratória realizadas de forma inadequada e não de agressões

Por Redação
Foto: Sim Notícias

A Polícia Civil do Espírito Santo descartou o envolvimento de um casal na morte da filha, a pequena Ágatha Ester Santos Barbosa, bebê de 1 ano e 1 mês, que morreu no último dia 10 de maio em Vila Velha. Inicialmente tratada como caso de agressão, a investigação tomou um novo rumo e apontou que as marcas encontradas no corpo da menina podem ter sido provocadas por uma tentativa desesperada de reanimação.

A mulher, de 31 anos, mãe da criança, e o namorado dela, de 38, padrasto da criança, foram presos no mesmo dia da morte de Ágatha. A prisão foi feita em flagrante por suspeita de homicídio qualificado. Porém, nesta terça-feira (27), após 17 dias de detenção, a Polícia Civil determinou a revogação da prisão e a soltura dos dois, alegando falta de indícios de crime.

Segundo a investigação, Ágatha foi levada já sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Riviera da Barra, em Vila Velha, no dia 10 de maio. Médicos identificaram lesões no corpo da criança e, à época, tanto o profissional da UPA quanto o legista do Instituto Médico Legal (IML) concluíram que as marcas seriam compatíveis com agressões físicas.

Mas o avanço das investigações indicou outra possibilidade: as lesões podem ter sido causadas por manobras de massagem cardiorrespiratória realizadas de forma inadequada, por uma pessoa leiga, sem formação técnica, em um momento de desespero. Com isso, a polícia concluiu que não há elementos suficientes para configurar crime.

De acordo com o boletim de ocorrência, a bebê teria passado mal no dia 10. A família morava no bairro Jabaeté, também em Vila Velha. A mulher havia saído de casa e deixado a filha sob os cuidados do namorado. À noite, o homem desceu até a rua com a menina nos braços e a levou para a UPA, alegando que a criança sofria de uma infecção pré-existente e havia piorado repentinamente. No entanto, a equipe médica constatou que Ágatha já chegou à unidade sem sinais vitais.

No momento da prisão, a Polícia Civil divulgou uma nota afirmando que o laudo preliminar do IML apontava lesões no tórax e outras marcas pelo corpo da criança, descartando causas naturais ou queda acidental como motivo da morte. Com base nesses indícios, o casal teve a prisão preventiva decretada.

Apesar da revogação da prisão, os dois permanecem detidos por questões burocráticas, segundo a Secretaria Estadual de Justiça. A mulher segue custodiada na unidade prisional feminina de Cariacica, enquanto o namorado está no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Marataízes.

A polícia continua acompanhando o caso e deve aguardar a conclusão do laudo definitivo para encerrar o inquérito.

* Com informações da TV Sim/SBT

Veja também

Privacidade

Para melhorar a sua navegação, nós utilizamos Cookies e tecnologias semelhantes.
Ao continuar navegando, você concorda com tais condições.