A justiça aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra os cabos da Polícia Militar Allyson Augusto de Miranda, de 33 anos, e Bruno Costa de Oliveira, de 34 anos, pela morte do mecânico Gustavo Barbosa Batista, de 22 anos, e fraude processual, durante uma abordagem policial em Mantenópolis, no Noroeste do Espírito Santo.
O caso aconteceu no dia 13 de novembro de 2024, na Rodovia Baltazar Laurindo Alves, Distrito de São José, e foi registrado como um acidente de trânsito. Mas o Serviço Médico Legal (SML) de Colatina constatou que Gustavo tinha um tiro na nuca. Esse disparo, conforme a denúncia do Ministério Público, foi feito por Allyson.
Também conforme a denúncia, Alysson e mais dois soldados faziam patrulha ostensiva pelo distrito de São José de Mantenópolis, ocasião em que abordaram um homem, que estava se comportando de forma suspeita.
Enquanto os militares estavam abordando o suspeito, Gustavo veio em alta velocidade conduzindo uma moto com descarga modificada, razão pela qual Allyson acionou a lanterna e deu ordem de parada. Mas Gustavo não obedeceu a ordem de parada e seguiu com a moto em direção a Allyson, quase o atropelando, momento em que o cabo sacou uma arma de fogo e atirou.
Os policiais foram até o local, constataram que Gustavo estava morto, e por este motivo isolaram o local e depois acionaram a perícia. Depois, o cabo Bruno Costa de Oliveira, com o auxílio de Allyson, registrou o caso como acidente de trânsito e não como homicídio.
O Ministério Público pede que ambos sejam pronunciados e levados a júri popular. Allyson por homicídio e fraude processual e Bruno por fraude processual.
Por meio da Promotoria de Justiça de Mantenópolis, o Ministério Público informou que ofereceu a denúncia referente ao caso em questão, que foi aceita pela Justiça. O órgão diz que segue atuando pela condenação dos réus. “Não é possível fornecer mais informações no momento, porque o processo tramita sob sigilo. O MPES informa também que já pediu a retirada de sigilo processual e aguarda análise do Poder Judiciário”.
Em nota, a Polícia Militar disse que os policiais militares continuam trabalhando em outro município. “O inquérito policial militar que apura o fato está em fase final e detalhes não serão divulgados no momento”.
* Com informações da TV Sim/SBT