Um ônibus foi atingido por um incêndio na tarde desta quarta-feira (27) no bairro Cascata na Serra. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram as chamas destruindo o veículo (confira abaixo).
O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado e informou que uma equipe foi encaminhada para o local para conter o incêndio.
ATAQUE CRIMINOSO
De acordo com a Polícia Militar, o incêndio no coletivo pode ter relação com a morte de um jovem de 21 anos, que entrou em confronto com militares no bairro Santo Antônio na manhã desta quarta-feira (27).
“Durante patrulhamento no bairro Santo Antônio, na Serra, policiais militares viram cerca de cinco indivíduos em atitude suspeita, fugindo ao notar a presença policial. Um dos suspeitos, 21 anos, atirou contra a guarnição, que precisou revidar a agressão. Ele foi atingido e socorrido à UPA de Serra Sede, mas não resistiu e veio a óbito”, disse a PM em nota.
Segundo a polícia, com o jovem foi encontrada uma pistola 9mm e, após verificar no sistema, foi constatado que havia um mandado de prisão em aberto contra ele.
A Polícia Civil informou, por nota, que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra o Transporte de Passageiros (DRCCTP) e até o momento nenhum suspeito foi detido.
Quem tiver informações sobre o caso pode fazer uma denúncia pelo telefone do Disque-denúncia (181). Não é preciso se identificar.
PREJUÍZO MILIONÁRIO
O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) lamentou a destruição do ônibus coletivos de forma criminosa, e ressaltou que o ato traz prejuízos para o Sistema Transcol e para os moradores dos bairros onde os fatos ocorrem.
De acordo com os dados do Sindicado, nos últimos 20 anos (entre 2004 e 2024), 93 ônibus do Sistema Transcol foram incendiados por criminosos, três deles este ano, e ficaram totalmente destruídos.
“O impacto financeiro é de mais de R$ 74,4 milhões em 20 anos, levando em consideração o custo de reposição desses veículos em valores atuais – um coletivo novo custa em média R$ 800 mil, já os microônibus, média de R$ 650 mil. Em 2024, a soma é de R$ 2,4 milhões em prejuízos”, destaca em nota.