ES passa de mil casos confirmados de febre oropouche

Uma morte por suspeita doença está sendo investigada no Estado

Por Redação
Foto: Divulgação

O Espírito Santo confirmou, até o momento, 1.085 casos de Febre do Oropouche, doença transmitida pelo mosquito maruim. Os municípios na liderança do número de casos são: Alfredo Chaves (234), Iconha (229) e Laranja da Terra (137).

De acordo com o último boletim divulgado na quinta-feira (21) pela Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa), uma morte por suspeita doença está sendo investigada. A cidade onde o óbito foi registrado não foi divulgada.

Clique aqui e confira o número de casos por municípios.

Sobre a Febre do Oropouche

A doença foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no país, sobretudo na região amazônica, considerada endêmica. Em 2024, entretanto, a doença passou a preocupar autoridades sanitárias brasileiras.

A transmissão acontece principalmente por meio do vetor Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros. Há registros de isolamento do vírus em outras espécies de insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus.

Já no ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros. Nesse cenário, o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente conhecido como pernilongo e comumente encontrado em ambientes urbanos, também pode transmitir o vírus.

Sintomas e prevenção

Os sintomas da Febre do Oropouche são muito parecidos com os da dengue. Duram entre dois e sete dias e incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na lombar e dor articular. Também pode haver tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.

Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.

A principal medida preventiva é evitar a exposição ao inseto. Porém, segundo especialistas, repelentes e inseticidas convencionais não são tão eficazes contra o maruim.

Outra dificuldade é que esse mosquito pode atravessar telas convencionais por ser muito pequeno. Diante disso, é recomendada a utilização de malhas ultrafinas ou até mesmo o fechamento completo de portas e janelas. Outra alternativa é eliminar os criadouros da espécie, que incluem água parada rica em matéria orgânica.

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