Caso Jaciara: júri é adiado para agosto por ausência de advogado do acusado

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal da Serra, informou que o júri do caso Jaciara da Silva Moura, que seria realizado nesta sexta-feira (07), com início às 13 horas, no Fórum Criminal de Serra, em Serra Sede, foi adiado porque a defesa do réu Zezito Pereira da Silva Filho não compareceu ao julgamento, alegando a impossibilidade de participar por motivos de saúde. Desta forma, a Justiça adiou o júri para o dia 23 de agosto.

Jaciara da Silva Moura foi morta a facadas na frente da filha de 11 anos, em 2021. O companheiro da vítima, Zezito Pereira da Silva Filho, é apontado como responsável pelo crime brutal.

O caso teve ampla repercussão no Espírito Santo e, por conta dele, foi instituída a Lei Estadual 11.402, de 20 de setembro de 2021, nomeada Lei “Jaciara da Silva – atenção e proteção”, proposta pela deputada estadual Iriny Lopes. A norma estabelece o atendimento psicológico para crianças, adolescentes e jovens cujas mães foram vítimas de feminicídio no Estado.

Jaciara da Silva Moura foi morta pelo marido no dia 15 de março de 2021, em Vila Nova de Colares, na Serra. Na ocasião, a filha do casal, que testemunhou o crime, acionou socorro e a vítima foi levada ao hospital estadual Jayme Santos Neves, no município, onde ela mesma trabalhava como técnica de enfermagem, mas não resistiu e veio a óbito devido à gravidade dos ferimentos.

Jaciara e Zezito conviveram em união estável por 12 anos e estavam separados há 4 meses, porém residindo no mesmo imóvel. “O réu, que não aceitava o término da relação, proferiu diversos golpes de facas conta a vítima e fugiu do local”, afirma denúncia do Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

“Diante dos fatos, o MPES sustentará a acusação no Tribunal do Júri, requerendo a condenação do réu, assim como a manutenção de sua prisão, e indenização à família da vítima pelos danos sofridos com a infração”, pontuou o órgão em nota.