Violência nas praias: adolescentes baleados na Grande Vitória tinham relação com o tráfico de drogas, diz polícia

Após dois casos graves de violência registrados nas praias da Grande Vitória, em um intervalo de um dia, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), foi questionada sobre os planos de policiamento do litoral, principalmente durante a Operação Verão, que segundo o estado, mobiliza cerca de 620 agentes das forças de segurança por dia em todo o Espírito Santo.

Segundo o coronel Alexandre Ramalho, secretário de segurança do estado, a polícia tem feito a parte dela para inibir os crimes, porém o envolvimento de jovens com o tráfico de drogas e o crime organizado tem se mostrado um grande desafio.

“Estamos falando de uma criminalidade juvenil, que perpassa as expectativas do nosso policiamento, do nosso planejamento para a Operação Verão. A nossa parte nós continuaremos fazendo, distribuindo policiamento, com planejamento, voltado para atender da melhor forma o turista e todos os capixabas”, comentou.

Segundo a polícia, os dois jovens baleados, um na Ilha do Frade, em Vitória, no domingo (14) e outro na Praia da Costa, em Vila Velha, na tarde de segunda-feira (15), tinham envolvimento com o tráfico de drogas e passagens pela polícia.

Heron Tosi, de 15 anos, que foi assassinado a tiros na praia da Ilha do Frade, na capital, tinha um histórico no tráfico de entorpecentes, de acordo com a Sesp. O crime teria sido planejado por outros quatro jovens, que executaram o rapaz em plena luz do dia, com a praia lotada de banhistas.

Já o adolescente baleado na perna, nesta segunda-feira (15), na Praia da Costa, em Vila Velha, teria saído do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) recentemente e tinha três passagens pela polícia. Ele foi atacado por dois suspeitos quando passava pelo calçadão da orla da cidade.

“Vamos continuar partindo pra cima de vagabundo, independente da idade, agora as outras questões sociais nesta faixa etária de 14 a 17 anos, precisam ser tratadas no Brasil muito além das ações de polícia”, finalizou Ramalho.