ES registra aumento de 40% no número de casos de Covid-19

O subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, falou em entrevista coletiva nesta terça-feira (14) que o Espírito Santo vive um aumento de 40% no número de casos de Covid-19.

Reblin iniciou a conversa com a imprensa lamentando a triste marca alcançada pelo Brasil, de mais de 700 mil mortes causadas pela doença, após três anos desde o primeiro caso de Covid-19 registrado no país, e alertou que o estado capixaba vive um ligeiro aumento de notificações positivas. No mês de março foram 14 óbitos pela doença e em abril, até o dia 12, já foram registradas sete mortes.

O aumento no número de casos foi percebido nas últimas três semanas e, segundo Reblin não representa grande impacto no sistema de saúde, mas vale o alerta das pessoas com os cuidados, pois a pandemia ainda está entre nós. “Os números indicam que o platô foi nessas três semanas e a gente começa então muito provavelmente uma queda novamente no número de casos de Covid-19”, afirmou o subsecretário.

Segundo os dados da secretaria de saúde, a maioria dos casos de pessoas com Covid-19 internadas continua sendo de pessoas com alguma falha no sistema de vacinação, falta alguma dose de reforço ou que ainda não iniciou o esquema vacinal contra a Covid-19.

Vacinação

De acordo com Reblin, a cobertura vacinal da dose monovalente contra a Covid-19 está melhor em pessoas que têm mais de 60 anos de idade.  Segundo os dados, a cobertura nos idosos é de 100% a mais, enquanto pessoas com 18 anos a 59 anos, a cobertura cai para 89%, seguido de 76% para pessoas com 12 anos a 17 anos; 45 % para crianças de 5 a 11  anos; 11% para crianças de 3 a 4 anos e 6% para bebês de 6 meses a 2 anos.

“Nós temos aí um problema importante, pois a base imunológica de individuo vai se constituindo na mais tenra idade, por isso as vacinas de rotina começam quando a criança nasce. Essa é a regra, você vai induzindo a resposta imunológica a partir do nascimento […]. Com isso, percebemos que estamos deixando uma população com uma resposta imunológica menor do que a necessária para enfrentar a doença daqui há alguns anos. Se nós não estamos preparando a resposta imunológica da criança desde agora, ela pode ficar um adolescente e adulto com uma fragilidade imunológica diante da Covid-19”, alertou Reblin.

O subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde também destacou que a procura pela vacina contra Influenza também está baixa no Espírito Santo e que a doença também precisa de atenção.

Os grupos prioritários para vacinação contra a Influenza são formados por crianças (6 meses a menores de 6 anos); gestantes; puérperas; pessoas com 60 anos e mais; trabalhadores de saúde; indígenas; comorbidades; adolescentes em medidas socioeducativas (menores de 18 anos); população privada de liberdade (18 anos e mais); funcionários do sistema de privação de liberdade; professores; Forças de segurança e salvamento; Forças armadas; pessoas com deficiência; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário passageiros urbanos e de longo curso e; trabalhadores portuários.

A meta de 90% de cobertura vacinal está vinculada aos grupos de crianças, gestantes, puérperas, idosos com 60 anos e mais, povos indígenas, professores e trabalhadores da saúde, que são aqueles que têm mais chances de adoecimento e casos graves de gripe.

Clique no link abaixo e veja quem pode se vacinar:

>> Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza no ES já está em andamento