STJ nega pedido de defesa de Georgeval para trocar local de julgamento

O pedido para mudar o local do julgamento de Georgeval Alves, preso por matar o filho e o enteado em 2018, foi negado pelo o Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão foi publicada nesta terça-feira (4). Com isso, o júri continuará sendo em Linhares, no dia 18 de abril, conforme decisão do juiz Tiago Fávaro Camata, responsável pelo caso.

A defesa solicitou que o julgamento fosse realizado em outra cidade, alegando falta de segurança. Um pedido semelhante havia sido protocolado na última sexta-feira (31), mas também foi negado pelo juiz Tiago Fávaro.

Julgamento adiado

O júri popular estava marcado para acontecer na segunda-feira (3), mas o juiz Tiago Fávaro Camata, da Vara Criminal de Linhares precisou adiar e remarcar o julgamento de Georgeval, após a defesa abandonar o julgamento. O advogado Pedro Henrique Souza Ramos, que lidera a defesa de Georgeval, disse no início da seção, por volta das 10h30, que deixaria o caso considerando que o Judiciário de Linhares, segundo ele, não tinha condições de garantir a sua segurança, a da defesa e a do próprio Georgeval. Relatou ainda “ameaças sofridas pela defesa, não somente no âmbito pessoal como no familiar”.

Além de adiar o julgamento, o juiz também determinou que os quatro advogados da defesa de Goergeval paguem uma multa de 50 salários mínimos cada, pois entendeu que a defesa cometeu ‘abandono de causa’. Após a divulgação da decisão, o advogado Pedro Ramos voltou atrás, no início da tarde, e disse que vai continuar na defesa de Georgeval. A defesa alegou ainda que vai recorrer da multa.

Crime chocou o Espírito Santo

O crime ocorreu no dia 21 de abril de 2018, por volta das 2 horas, na casa onde moravam o réu e as vítimas, filho e enteado do denunciado, no Centro, em Linhares.

A denúncia do MPES traz que o denunciado teria estuprado e torturado as vítimas, colocando-as desacordadas na cama localizada no quarto.

Ainda segundo a denúncia, Georgeval, utilizando um líquido inflamável, ateou fogo ao local, causando as mortes das vítimas por carbonização.